Reino Unido e ONU acompanham migrantes venezuelanos em Roraima
O embaixador britânico no Brasil, Vijay Rangarajan, iniciou hoje (20), uma visita de dois dias ao estado de Roraima para avaliar, in loco, a situação da recepção, interiorização e suporte aos refugiados e migrantes venezuelanos. A missão inclui reunião de trabalho com o governador do estado, Antonio Denarium.
A visita é organizada pela missão diplomática do Reino Unido no Brasil, com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e a Organização Internacional de Migração (OIM). Entre os locais a serem visitados em Boa Vista, estão instalações de recepção, abrigos para refugiados e migrantes e associações da sociedade civil. O Exército Brasileiro vai expor à delegação o funcionamento da Operação Acolhida e seus resultados até o momento.
“Só uma solução em conjunto pode ajudar a avançar nessa situação. O governo brasileiro, as agências do sistema ONU e as organizações da sociedade civil estão muito engajadas em trazer melhorias nessa situação tão sensível, e o governo britânico está pronto para apoiar”, disse o embaixador.
Segundo Jaime Nadal, representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, em casos de emergências humanitárias, como o da Venezuela, “o Fundo de População da ONU é o órgão responsável por prevenir e oferecer respostas para a violência sexual e a violência de gênero e garantir o acesso a serviços em saúde sexual e reprodutiva, especialmente saúde materna e planejamento reprodutivo”.
Assistência
Estima-se que mais de 7 milhões de venezuelanos precisam de assistência humanitária e cerca de 3,6 milhões estão vivendo fora de seu país.
O Reino Unido investiu US$ 18,4 milhões em apoio aos milhares de venezuelanos refugiados, a maior parte na Venezuela e Colômbia. Deste total, US$ 1,2 milhão foi encaminhado à Federação Internacional da Cruz Vermelha para apoiar suas atividades na região, incluindo o Brasil, onde a organização está focada em prover abrigo, proteção e necessidades urgentes, como saúde. O país também mobilizou recursos para custear profissionais deslocados no curto prazo para o Unicef e Acnur, em Roraima, nos locais onde é necessário. Este pacote se acumula com o financiamento à ONU e ao Movimento da Cruz Vermelha.