Para CCEE, redução do preço da energia negociada no mercado à vista é positiva
Os novos valores para o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que vigorarão no ano que vem, devem dar alívio financeiro para o setor elétrico, disse o presidente do Conselho da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata. “Se Deus quiser, não vamos precisar de empréstimos para o ano que vem.”
Segundo Barata, a mudança nos limites do PLD vai reduzir a movimentação de dinheiro no mercado. "O que vimos neste ano foi um fluxo monetário muito alto. A redução do teto do PLD com certeza vai fazer com que o fluxo seja menor no ano que vem, e isso é bom".
Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu os novos limites do PLD de energia elétrica, usado no mercado de curto prazo.
No ano que vem, o PLD máximo será R$ 388,48/megawatt-hora (MWh) e o mínimo, R$ 30,26/MWh.
O PLD é o preço que as distribuidoras pagam pela energia comprada fora dos contratos firmados com preços fixos. Neste ano, o PLD ficou mais caro por causa da falta de chuvas, que fez com que o nível dos reservatórios das hidrelétricas ficassem muito baixos. Por isso, as distribuidoras que tiveram que comprar energia no mercado livre precisaram de ajuda financeira do governo. Em 2014, o PLD máximo foi fixado em R$ 822,83/MWh.
Segundo Luiz Eduardo Barata, além da redução do preço do PLD, o início da vigência do sistema de bandeiras tarifárias vai melhorar a situação do setor elétrico. "As bandeiras tarifárias são um sinal para o consumidor final, e a redução do PLD, para o consumidor no atacado, os dois são sinais novos”, disse. As bandeiras tarifárias, que começam a valer em janeiro do ano que vem, vão permitir o repasse mensal para a conta de luz, do custo extra das distribuidoras com o uso de termelétricas.
Barata participa hoje (2) de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados sobre a ampliação do mercado livre de energia elétrica no país.