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Economia

Índice de Basileia sobe 1,2 ponto percentual e atinge 16,7% em dezembro de 2014

Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/03/2015 - 13:23
Brasília

O Índice de Basileia das instituições financeiras que operam no Brasil atingiu 16,7% em dezembro de 2014, com crescimento de 1,2 ponto percentual em relação a junho do mesmo ano. Os dados foram informados hoje (19) pelo Banco Central (BC), no Relatório de Estabilidade Financeira, publicação semestral que analisa riscos no sistema financeiro nacional.

O índice mede a relação entre o capital das instituições financeiras e os recursos emprestados. O objetivo é assegurar que os bancos tenham capital suficiente para suportar riscos de perda. Segundo o relatório do BC, o Índice de Basileia foi “influenciado por mudanças regulatórias que visaram adequar o arcabouço normativo à fase atual do ciclo de crédito no Brasil”.

O BC também realizou simulação do pleno funcionamento de Basileia III, regras acordadas pelos bancos centrais das principais economias, cuja implementação é gradual.

De acordo com a autoridade monetária, caso as regras estivessem valendo, o Índice de Basileia ficaria em 13,5%. No Brasil, o índice mínimo exigido é 11%. A recomendação internacional é 8%. O BC destacou que os indicadores de capital ficaram acima dos requerimentos regulatórios e que a solvência do sistema bancário permaneceu estável.

O documento do BC ressaltou que, nas simulações de situação de estresse, “o sistema apresentou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários adversos” e que o risco de liquidez manteve-se baixo. Conforme a autoridade monetária, no segundo semestre do ano passado, o montante de ativos líquidos das instituições financeiras aumentou R$ 82 bilhões.

De acordo com o relatório, o sistema de pagamentos brasileiro funcionou de forma eficiente e segura no segundo semestre de 2014. Para o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, apesar do ambiente externo complexo, “o sistema financeiro brasileiro comportou-se muito bem”. Segundo ele, o sistema é “robusto e capaz de suportar situações de estresse”.