Expectativa do consumidor melhora em janeiro, mas ainda indica pessimismo
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 2,4% em janeiro na comparação com dezembro de 2015. Mesmo assim, o índice, que alcançou 98,6 pontos, permanece indicando pessimismo dos consumidores, pois se mantém 10% abaixo de sua média histórica, segundo informou hoje (5) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Quanto maior o índice, maior o percentual de respostas positivas, ou seja, maior o percentual de consumidores esperando queda na inflação ou desemprego, aumento da renda pessoal, aumento das compras de bens de maior valor, com melhor situação financeira ou menos endividado. O maior índice já registrado na série histórica, iniciada em março de 2001, foi em outubro de 2010, quando ficou em 120,70 pontos.
Segundo a CNI, desde abril de 2015, o índice encontra-se relativamente estável, mantendo-se entre 96 e 100 pontos. “A manutenção do pessimismo do consumidor indica perspectivas de continuidade de baixa demanda nos próximos meses”, diz a pesquisa.
De acordo com o levantamento, a melhora da confiança em janeiro é resultado das perspectivas em relação à renda pessoal, ao endividamento e à situação financeira. O índice de expectativa sobre a renda pessoal cresceu 4,6%, o de endividamento subiu 4,6% e o de situação financeira avançou 2,4% frente a dezembro.
As perspectivas sobre a inflação e o emprego também melhoraram. O índice de expectativas em relação inflação cresceu 2,5% e o de desemprego aumentou 5,2% frente a dezembro. Apenas o índice de expectativa de compras de maior valor caiu em janeiro: 1,1% em relação a dezembro. Esse resultado é normal nesta época, porque encerra-se o período de compras de maior valor, tradicionais no fim do ano, diz a CNI.
A pesquisa, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 16 e 20 de janeiro.