Petrobras coloca à venda sua participação na Gaspetro
A Petrobras decidiu colocar à venda a totalidade de sua participação na holding Petrobras Gás S.A. (Gaspetro). A estatal possui 51% das ações. Os outros 49% são da Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda, do grupo empresarial japonês Mitsiu & Co.
A estatal publicou ontem (27) em seu site um documento com informações sobre a oportunidade e os critérios de elegibilidade para a seleção dos interessados. "As principais etapas subsequentes do projeto serão informadas oportunamente ao mercado", informa a estatal.
A Gaspetro possui participação societária em diversas companhias distribuidoras de gás natural em todas as regiões do Brasil e dispõe de uma rede de mais de 10 mil quilômetros de gasodutos. Em 2019, o volume total de gás distribuído foi de 29 milhões de metros cúbicos por dia, atendendo cerca de 500 mil clientes.
"A presente divulgação está de acordo com as diretrizes para desinvestimentos da Petrobras e com o regime especial de desinvestimento de ativos pelas sociedades de economia mista federais, previsto no Decreto 9.188/2017. Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas", informou a Petrobras.
A estatal vem colocando em prática diversas ações de desinvestimento. Entre ativos que já foram vendidos, estão as subsidiárias TAG e BR Distribuidora e variados campos de petróleo. No caso da Gaspetro, houve estudos para um oferta na B3, mas a Petrobras acabou decidindo pela venda direta. Nesse caso, a Mitsui & Co terá direito de preferência na compra das ações da estatal brasileira.
De acordo com o informe, investidores estratégicos interessados na operação devem ter valor contábil mínimo do patrimônio líquido de pelo menos US$ 500 milhões. Já os investidores financeiros precisam ter ao menos US$ 1 bilhão em ativos sob gestão.
Campos da gás
A Petrobras também divulgou um documento com informações para a venda dos campos de gás de Merluza e Lagosta, localizados em águas rasas na Bacia de Santos. Ambos os campos são apenas da estatal brasileira.
Instalada em 1993, a plataforma Merluza iniciou suas operações voltada para a produção de gás natural e condensado do Campo de Merluza. Desde 2009, a unidade também é responsável pela produção de gás natural e condensado do Campo de Lagosta. Ela é atualmente a mais atinga plataforma fixa em operação na Bacia de Santos. A produção média de ambos os campos, em 2019, foi de 3,6 mil barris por dia.