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Economia

Pedidos de falência caem 2,8% no primeiro semestre

Em todo o país, 601 empresas optaram pelo processo no período
Agência Brasil
Publicado em 22/07/2020 - 12:56
São Paulo
Salões de beleza e cabeleireiros fechados no Rio de Janeiro durante período de  isolamento social
© Fernando Frazão/Agência Brasil

No primeiro semestre deste ano, 601 empresas de todo o Brasil optaram pelo processo de recuperação judicial para evitar fechar as portas. Segundo a Serasa Experian, que levanta os dados com base no que é documentado em órgãos do Poder Judiciário e Diários Oficiais, o percentual é 2,8% inferior ao registrada no primeiro semestre de 2019. Em relação ao mês passado, houve aumento de 38,3%.

Neste ano, micro e pequenas empresas (PMEs) concentraram 377 (62%) dos pedidos formalizados para impedir a falência. Já as médias responderam por 148 (24%) requerimentos e as grandes companhias, por 64.

Quanto aos segmentos, o de serviços foi aquele em que se verificou piora nos índices. Foram oficializados 310 pedidos, contra 252 do ano passado. Nos setores primário, de indústria e de comércio, as variações foram de queda, mudando, respectivamente, de 127 para 108, de 176 para 135 e de 63 para 48. 

Setores

O balanço da Serasa Experian indica que o volume de pedidos de declaração de falência teve redução de 32,9%, na comparação anual, de junho de 2019 com junho de 2020. A soma caiu de 678 para 455, de 2019 para 2020. De maio para junho, o número passou de 80 para 60, uma diferença de 25%.

O setor que mais recorreu à medida foi o de prestação de serviços, que passou de 291 para 224 pedidos. Entre empreendimentos industriais, 132 pediram falência no primeiro semestre deste ano, ante 213 em 2019. No comércio e no setor primário, os resultados passaram de 163 casos para 98 e de 11 para 1. 

Para o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o índice mensal evidencia o efeito da pandemia de covid-19 sobre as pequenas e médias empresas, que, via de regra, têm mais limitações quanto aos recursos financeiros. Rabi acrescenta que a instabilidade econômica no país ainda não terminou e que isso também pode refletir no volume de pedidos de recuperação judicial na segunda metade do ano.