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Economia

Dólar volta a superar R$ 5,50 com dados econômicos nos EUA

Bolsa cai 1,82% com queda no preço de commodities
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 16/11/2021 - 20:03
Brasília
Notas de cem dólares dos EUA
07/02/2011
REUTERS/Lee Jae-Won
© REUTERS/Lee Jae-Won/Proibida reprodução

Em um dia de tensões no mercado doméstico e externo, o dólar subiu e voltou a superar a barreira de R$ 5,50. A bolsa de valores caiu quase 2%, puxada pelo desempenho ruim do varejo e pela queda no preço internacional de algumas commodities (bens primários com cotação internacional).

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (16) vendido a R$ 5,50, com alta de R$ 0,043 (+0,78%). A cotação começou o dia em queda, chegando a ficar em R$ 5,43 por volta das 10h, mas inverteu o movimento após a divulgação de que as vendas no varejo nos Estados Unidos cresceram 1,7% em outubro, acima das expectativas, pressionando a moeda norte-americana para cima em todo o planeta.

O aquecimento das vendas no mercado norte-americano reforçou as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) aumente os juros no início do próximo ano. Juros mais altos estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Apesar da alta de hoje, o dólar acumula queda de 2,59% em novembro. Em 2021, a divisa já se valoriza 5,99%.

O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 104.404 pontos, com recuo de 1,82%. Esta foi a segunda sessão consecutiva de queda no indicador, que tinha perdido 1,18% na sexta-feira (12).

Dois fatores contribuíram para a queda da bolsa. O primeiro foi a divulgação de que a atividade econômica caiu 0,27% em setembro. O recuo na economia pressionou as ações de empresas varejistas, que começam a sentir a diminuição das vendas.

O segundo fator a reforçar as perdas na bolsa foi a queda no preço internacional do minério de ferro. Com a desaceleração da economia chinesa, as cotações do produto estão caindo em todo o planeta. Isso afeta as ações de mineradoras brasileiras, que têm o país asiático como o principal cliente.

*Com informações da Reuters