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Economia

Abate de frangos cai e o de bovinos e suínos cresce no 1º trimestre

Produção de suínos teve recorde para o período
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 08/06/2022 - 11:58
Rio de Janeiro
Frangos
© Arquivo/Agência Brasil

Os dados da produção animal no Brasil indicam que no primeiro trimestre deste ano o abate de frangos recuou 1,7%, enquanto o de bovinos aumentou 5,5% e o de suínos teve alta de 7,2%, na comparação com o mesmo período de 2021. As informações são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Em relação ao trimestre anterior, o abate de frangos caiu 0,2%, o de bovinos ficou estável e o de suínos cresceu 1,5%.

Bovinos

De janeiro a março, foram abatidas um total de 6,96 milhões de cabeças de bovinos em estabelecimentos com inspeção sanitária, o que representa 361,75 mil cabeças de bovinos a mais. A quantidade representa crescimento de 5,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2021 e estabilidade frente ao quarto trimestre de 2021.

Entre os meses do trimestre, o destaque foi março, quando houve aumento de 8% na comparação anual, com o abate 2,47 milhões de cabeças. O abate de fêmeas cresceu 12,9% em relação ao mesmo período de 2021, após dois anos de quedas. O abate de machos subiu 1,1%.

Houve aumentos de abate bovino em 18 das 27 unidades da federação. Mato Grosso continua na primeira posição no país, com 16,1% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,3%) e São Paulo (11%).

A aquisição de peças de couro pelos curtumes ficou estável na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e caiu 1,4% na passagem do quarto trimestre de 2021, somando 7,12 milhões de peças inteiras de couro cru. Na comparação anual, houve produção de 959 peças a menos. Mato Grosso tem 15,7% da participação nacional no recebimento e processamento do couro cru, seguido por Mato Grosso do Sul (13,9%) e São Paulo (10,9%).

Leite

A produção de leite cru no período investigado chegou a 5,90 bilhões de litros, uma redução de 10,3% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e queda de 9,3% na comparação trimestral.

A queda, que chegou a um total de 678,01 milhões de litros de leite a menos no cenário nacional, foi proveniente de 19 das 26 unidades da federação que participam da pesquisa. A liderança no setor fica com Minas Gerais, que tem 25,5% da captação nacional, seguida por Paraná (13,8%) e Rio Grande do Sul (12,5%).

Como estatística experimental, o IBGE divulgou também o preço do leite cru pago ao produtor. No primeiro trimestre de 2022 a média nacional do preço por litro ficou em R$ 2,14. No mesmo trimestre de 2019 era de R$ 1,36, em 2020 foi para R$ 1,38 e em 2021 chegou a R$ 1,90.

Suínos

O primeiro trimestre de 2022 registrou os melhores resultados de abate suíno para esses meses da série histórica, iniciada em 1997. Foram abatidas nos três primeiros meses do ano 13,64 milhões de cabeças, um aumento de 7,2% em relação ao mesmo período de 2021, o que representa 920,43 mil cabeças a mais. Na comparação trimestral, o aumento foi de 1,5%.

O aumento da produção ocorreu em 19 das 25 unidades da federação investigadas. A liderança continua com Santa Catarina, estado onde foram abatidos 28,1% dos suínos da produção nacional, seguido por Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (17,4%).

Frangos

A produção de frangos teve redução no período analisado, com queda de 1,7% em relação ao mesmo período de 2021 e de 0,2% na comparação com o quarto trimestre de 2021. O total abatido chegou a 1,55 bilhão de cabeças de frangos, o que representa 27,25 milhões a menos do que no primeiro trimestre do ano passado.

A queda no abate foi registrada em 17 das 25 unidades da federação pesquisadas pelo IBGE. A liderança do setor de frangos segue com o Paraná, que tem 33,5% da participação nacional, seguido por Rio Grande do Sul (13,5%) e Santa Catarina (13,2%).

A produção de ovos de galinha chegou a 977,20 milhões de dúzias no primeiro trimestre do ano, uma queda de 2% na comparação anual e de 2,5% em relação ao trimestre anterior. Porém, o IBGE ressalta que, mesmo com a retração, esse é o segundo melhor resultado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, iniciada em 1987.

Foram produzidas 19,6 milhões de dúzias de ovos a menos no país, com quedas em 15 das 26 unidades da federação.

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