PF investiga vazamento de nafta no Porto de Paranaguá

Empresa responsável pelo complexo portuário já identificou dois pontos

Publicado em 13/04/2023 - 14:01 Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (13) a Operação Águas Carijó para investigar vazamentos de nafta ocorridos no terminal marítimo Terin, no Porto de Paranaguá (PR). Segundo a administradora do porto,  foram identificados, até o momento, dois pontos de rompimento em uma tubulação.

O primeiro vazamento foi identificado na noite de domingo (9). Ontem (12), a Portos do Paraná, empresa pública responsável pelo complexo portuário informou ter identificado mais um ponto de vazamento. O complexo é formado pelos portos de Paranaguá e Antonina.

Uma equipe de técnicos da empresa Terin inicia hoje a picagem da tubulação – procedimento que usa uma espuma específica para limpeza.

A nafta é um composto derivado do petróleo que serve de matéria-prima para indústrias do ramo petroquímico, usada na fabricação de substâncias como eteno, benzeno, propeno, tolueno e xilenos.

Investigação

A investigação iniciada hoje pretende esclarecer as causas do desastre ambiental cujas consequências ainda não foram dimensionadas, diz a PF, que cumpriu mandado de busca e apreensão no navio responsável pelo transporte e bombeamento do combustível que vazou “em grande quantidade”.

“O vazamento ocorreu no momento da operação de descarregamento, que é feita por meio de bombeamento do produto por tubulações”, detalhou a PF – que já coletou "documentos e informações que ajudarão a reconstituir e compreender o evento”, com o propósito de identificar se o vazamento foi em decorrência de “algum tipo de ação criminosa ou negligência”.

Em nota, a Portos do Paraná informa que a operação de navios no Píer Público de Granéis Líquidos está liberada, assim como o acesso rodoviário aos terminais que operam nas “áreas de abrangência da emergência”.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) diz que acompanha as ações no terminal e que as operações marítimas estão regularizadas.

Edição: Nádia Franco

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