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Economia

Dólar sobe para R$ 5,45, pressionado por Brasil e exterior

Bolsa de valores cai 0,32% após cinco altas consecutivas
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
Publicada em 25/06/2024 - 18:55
Brasília
Funcionário de casa de câmbio do Cairo conta notas de dólar
20/03/2019
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
© REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/Proibida reprodução

O mercado financeiro voltou a ter um dia de nervosismo: o dólar superou novamente a marca de R$ 5,40 e a bolsa de valores caiu pela primeira vez após cinco altas consecutivas.

O dólar comercial encerrou a terça-feira (25) vendido a R$ 5,453, com alta de R$ 0,063 (+1,26%). A cotação iniciou o dia em torno de R$ 5,41, mas acelerou a subida após a abertura do mercado norte-americano, até fechar próxima da máxima do dia.

A moeda norte-americana acumula alta de 3,89% em junho. Em 2024, a divisa valoriza-se 12,36%.

No mercado de ações, o dia foi marcado por perdas. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.243 pontos, com queda de 0,32%. O indicador abriu em leve alta, mas inverteu o movimento e passou a cair ainda de manhã.

Tanto fatores internos como externos pressionaram o mercado financeiro. No Brasil, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) confirmou a intenção do Banco Central (BC) de ser firme no controle da inflação. Isso afastou os investidores da bolsa, que preferem investimentos em renda fixa, como títulos do governo, em momentos de juros altos.

A ata do Copom, no entanto, não ajudou a conter o dólar. Após dias de trégua, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, voltaram a subir. Isso estimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação.

No mercado interno, as discussões de medidas que aumentam os gastos públicos marcaram o dia. O debate em torno de renegociações da dívida dos estados e de ampliação de ajudas para o Rio Grande do Sul elevaram as preocupações com a sustentabilidade do novo arcabouço fiscal.

*Com informações da Reuters