Professores da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio encerram greve
Os professores da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) decidiram ontem (7), durante assembleia, suspender a paralisação e retornar ao trabalho em estado de greve na segunda-feira (11). Esta foi a única proposta, segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Profissionais de Educação da Faetec (Sindfaetec), Cláudio Afonseca, a ser apreciada no encontro, porque houve discordância de alguns participantes da assembleia.
Apesar da decisão, de acordo com Claudio Afonseca, não está garantido que as aulas voltem no início da próxima semana, porque continuam as condições precárias nas escolas da Faetec, como falta do serviço de segurança, sem coleta de lixo, sem alimentação e condições de trabalho. “Quem tem que garantir estas condições é a Faetec e o governo, não é o sindicato, não são os alunos e nem a direção das escolas, no entanto, alguns pais se comprometeram a participar de mutirões para deixar as escolas na condição que for possível”, diz.
O dirigente sindical disse que se os mutirões ocorrerem hoje (8) e no fim de semana, a possibilidade do retorno às aulas na segunda-feira é maior, mas informou que uma das unidades mais atingidas está a de Quintino, na zona norte do Rio, onde além da falta de segurança, tem grande quantidade de barata e ratos, como foi divulgado pela imprensa.
A volta ao trabalho é resultado de um acordo entre a categoria e o presidente da fundação, Alexandre Vieira, que se comprometeu a atender pontos da pauta de reivindicação dos profissionais, como o abono funcional e do ponto dos grevistas, após o retorno às atividades e reposição dos dias parados.
Na página da fundação na internet, o presidente da Faetec informou que as exigências da categoria serão atendidas gradativamente, mas algumas precisam ser analisadas pelo governo do estado. A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, a qual a Faetec está subordinada, ficou de apresentar ao governador em exercício, Francisco Dornelles, no prazo de 45 dias, um estudo sobre o impacto financeiro para a implementação do auxílio-alimentação; e de regulamentar, em até 30 dias, a criação de um grupo de trabalho, composto pelo sindicato e por representante da secretaria e da Faetec, para avaliar as pendências do Plano de Carreira do Servidor.
Unidades desocupadas
Nesta semana, as dez unidades da Faetec foram desocupadas pelos alunos após um acordo assinado pelos estudantes, representantes da instituição e da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado com a intermediação da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
O termo de compromisso inclui medidas reivindicadas pelos estudantes, entre elas, a elaboração de um estudo sobre a possibilidade de fornecer gratuitamente os uniformes; cumprir a limitação máxima de 45 alunos por turma; disponibilizar uma nutricionista nas unidades com mais de 500 alunos; solucionar o problema da demora na emissão e distribuição dos cartões de gratuidade em ônibus e disponibilizar um canal permanente de atendimento à comunidade escolar. As propostas devem estar prontas em até 180 dias.