Olimpíada: Pia destaca Países Baixos e alerta sobre China e Zâmbia
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou um vídeo da técnica seleção feminina, Pia Sundhage, comentando o sorteio dos grupos da Olimpíada de Tóquio (Japão), realizado nesta quarta-feira (21). Das três adversárias da primeira fase, a equipe dos Países Baixos é a mais bem posicionada no ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa), em terceiro lugar. É também a rival de quem a comissão técnica mais possui informações.
🏅 Está definida a primeira parte da nossa jornada nos Jogos Olímpicos de Tóquio!
— Seleção Feminina de Futebol (@SelecaoFeminina) April 21, 2021
⚽ Estrearemos contra a China e enfrentaremos, na sequência, Holanda e Zâmbia, pelo Grupo F.
🗓 A bola rola no dia 21 de julho! pic.twitter.com/g5i3q9aYHw
“Os Países Baixos disputaram a final da última Copa do Mundo [em 2019, na França, derrotadas pelos Estados Unidos] e sabemos que é um time muito bom. Conhecemos todas as jogadoras, pois as vimos muitas vezes. O jogo pelos lados do campo será muito importante contra elas, tanto ofensiva como defensivamente”, afirmou Pia à CBF TV.
As neerlandesas foram adversárias do Brasil com Pia no Torneio Internacional da França, em março do ano passado. Na ocasião, as seleções empataram sem gols. O reencontro será na segunda rodada do torneio olímpico, em 27 de julho, às 8h (horário de Brasília), na cidade japonesa de Miyagi.
Antes, no dia 21 de julho, às 5h, também em Miyagi, o primeiro desafio será contra a China, a mesma rival da estreia da seleção feminina nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Dirigido por Vadão, há cinco anos, o Brasil venceu por 3 a 0, gols da zagueira Mônica, da meia-atacante Andressa Alves e da atacante Cristiane.
Com Pia no comando, as brasileiras pegaram as asiáticas na final do Torneio Internacional de Chongqing (China), em novembro de 2019. As equipes ficaram no 0 a 0 no tempo normal e as anfitriãs venceram na disputa por pênaltis. A treinadora, aliás, trabalhou na seleção chinesa como auxiliar na Copa do Mundo de 2007.
“A China se classificou [para Tóquio] ao derrotar a Coreia do Sul [no Pré-Olímpico asiático]. Vamos nos aprofundar para termos certeza de saber tudo sobre elas. É uma seleção técnica. Um time duro, coeso e agressivo no ataque, que está se preparando muito para essa competição”, comentou a técnica brasileira.
O Brasil encerra a participação na primeira fase dos Jogos de Tóquio contra a Zâmbia, no dia 27 de julho, às 8h30, na cidade de Saitama. As zambianas, embora figurem apenas na 104ª colocação do ranking da Fifa e sejam a 12ª nação africana mais bem posicionada, surpreenderam ao conquistarem o Pré-Olímpico continental, superando Camarões.
“Para ser sincera, não sabemos muito sobre a Zâmbia e, provavelmente, esse será o maior desafio. Por isso, é até melhor que não a enfrentemos no primeiro jogo, e sim na última partida. Assim, teremos a chance de saber um pouco mais sobre essa seleção. Pela minha experiência contra times africanos, elas são sempre muito fortes e rápidas. Talvez não seja a equipe mais organizada taticamente, mas elas estão se preparando para algumas situações de uma contra uma e cruzamentos na área”, analisou Pia.
Até Tóquio, a treinadora espera que a seleção brasileira consiga ir a campo na próxima data Fifa, período destinado a jogos entre equipes nacionais. Por conta do cenário da pandemia do novo coronavírus (covid-19) no Brasil, não foi possível realizar amistosos na última data Fifa, entre 5 e 13 de abril. Nestes dias, Pia comandou treinos com um elenco formado predominantemente por jogadoras que atuam no país na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).
“Estamos tentando nos preparando o máximo possível. Como todos sabem, não estamos jogando tantos jogos como a China e a Holanda. Teremos mais uma data Fifa e espero que tenhamos confrontos. Após esse período, imagino que teremos uma melhor ideia da qualidade da equipe brasileira. Temos ótimos planos para o período pré-olímpico e isso fará diferença. Se quisermos ter um time coeso e um plano de jogo, temos que trabalhar o DNA e, por isso, é preciso treinar muito”, concluiu a sueca.