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Esportes

Joe Joyce cobra ouro da Rio 2016 se manipulação no boxe for confirmada

Na ocasião, britânico foi prata após derrota para francês Tony Yoka
Alan Baldwin
Publicado em 01/10/2021 - 17:35
Londres
Boxeador peso-pesado britânico Joe Joyce
© Action Images via Reuters/Andrew Couldridge/Direitos Reservados
Reuters

O boxeador peso-pesado britânico Joe Joyce disse nesta sexta-feira (1º) que deveria ficar com a medalha de ouro da Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016 se for comprovado que sua final contra o francês Tony Yoka foi manipulada por um esquema de corrupção.

A luta foi uma de 11 apontadas como fraudadas por um relatório independente encomendado pela Associação Internacional de Boxe (Aiba) e publicado nesta quinta-feira (30) que encontrou indícios de corrupção e manipulação.

"É triste ver corrupção em qualquer esporte, mas particularmente no boxe", disse Joyce, medalhista de prata que perdeu a final olímpica dos peso-pesado por uma decisão de 2 a 1, em um comunicado no Instagram. "Acredito com firmeza que fui o vencedor da luta com Tony Yoka e que merecia a medalha de ouro. Mas no dia não recebi essa decisão, e na época aceitei isso", acrescentou.

Joyce, que se tornou profissional e está invicto desde então, disse que analisou os resultados da investigação comandada por Richard McLaren e que leu que a corrupção na Aiba afetou os resultados de seu combate.

"Se a corrupção aconteceu, e parece que sim, confio que a Aiba e o COI (Comitê Olímpico Internacional) farão com que a integridade do esporte seja mantida e me concederão a medalha de ouro", acrescentou.

O advogado de Yoka disse à Rádio Europe 1 que o boxeador, atual campeão europeu, está concentrado somente em se tornar o primeiro peso-pesado profissional francês a se consagrar como campeão mundial.

Ainda nesta quinta-feira (30), McLaren disse que não poderia comentar se os resultados das lutas manipuladas serão revertidos e que, como investigador-chefe, não cabe a ele decidir.

O COI disse que "estudará cuidadosamente" as conclusões de McLaren antes de decidir as consequências.