França pode reestruturar futebol feminino, 5 meses antes do Mundial
O futebol francês está se preparando para uma grande reestruturação, uma vez que tanto o presidente da federação (FFF) quanto a técnica da seleção feminina devem perder seus cargos na terça-feira (28).
Noel Le Graet, chefe da FFF desde 2011, está pressionado em meio a uma investigação legal sobre suposto assédio sexual e moral, e uma auditoria contundente encomendada pelo Ministério do Esporte estará no centro do comitê executivo de terça-feira (28).
Caso ele se recuse a renunciar, Le Graet, de 81 anos, pode ser levado perante o comitê disciplinar da FFF ou o comitê executivo pode forçar novas eleições.
"Dadas as falhas na governança, seu comportamento seriamente inadequado em relação às mulheres, só posso concordar com a conclusão do relatório: ele não tem mais legitimidade para administrar e representar o futebol francês", disse a ministra do Esporte, Amélie Oudéa-Castéra, neste mês.
Le Graet, que também foi criticado quando fez comentários desdenhosos sobre Zinedine Zidane depois de estender o contrato do técnico da seleção masculina, Didier Deschamps, até 2026, pode ter o caminho seguido pela técnica da equipe feminina, Corinne Diacre.
A posição de Diacre se tornou insustentável desde que a capitã Wendie Renard disse na semana passada que não jogaria a Copa do Mundo deste ano para preservar sua saúde mental.
As outras atletas Marie-Antoinette Katoto e Kadidiatou Diani seguiram o exemplo logo após seu anúncio, todas dizendo que estavam se afastando da seleção nacional.
De acordo com uma reportagem da mídia francesa RMC Sport, Renard não jogará pela seleção enquanto Diacre estiver no comando.
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