Organizadores do Mundial feminino descartam patrocínio saudita
A Football Australia (FA) e outras partes interessadas chegaram a um “consenso esmagador” de que um acordo de patrocínio da Arábia Saudita para Copa do Mundo de futebol feminino não se alinha com a sua visão do torneio, disse o presidente-executivo da entidade, James Johnson, nesta segunda-feira (6).
Tanto a FA quanto a New Zealand Football (Federação da Nova Zelândia) disseram no mês passado que não foram consultadas pela Fifa após relatos de que o Visit Saudi se juntará a marcas internacionais como Adidas, Coca-Cola e Visa como os principais patrocinadores do torneio.
O torneio de 32 equipes, que começa em julho, será sediado por Austrália e Nova Zelândia. Johnson disse que a FA consultou o Governo e parceiros comerciais sobre o assunto.
“Foi um consenso esmagador de que esta parceria não se alinha com nossa visão coletiva para o torneio e fica aquém de nossas expectativas”, disse Johnson em um comunicado.
“Embora a parceria não tenha sido confirmada pela Fifa, com base nas consultas que tivemos com nossa comunidade, as principais partes interessadas e nossa própria posição, não ficaríamos confortáveis com isso”.
A Fifa se recusou a comentar quando contatada pela Reuters.
Os relatos iniciais do acordo de patrocínio foram recebidos com críticas contundentes de ex-jogadores e ativistas de direitos humanos.
A Anistia Internacional da Austrália disse que há uma “ironia” no fato de um órgão de turismo saudita patrocinar o torneio feminino, já que as mulheres sauditas “nem podem ter um emprego sem a permissão de seu responsável masculino”.
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