logo Agência Brasil
Esportes

Organizadores do Mundial feminino descartam patrocínio saudita

Competição será disputada na Austrália e na Nova Zelândia
Rohith Nair
Publicado em 06/03/2023 - 23:02
Bengalore (Índia)
Copa do mundo de futebol feminina, austrália, nova zelândia
© Harold Cunningham/Fifa/Direitos Reservados
Reuters

A Football Australia (FA) e outras partes interessadas chegaram a um “consenso esmagador” de que um acordo de patrocínio da Arábia Saudita para Copa do Mundo de futebol feminino não se alinha com a sua visão do torneio, disse o presidente-executivo da entidade, James Johnson, nesta segunda-feira (6).

Tanto a FA quanto a New Zealand Football (Federação da Nova Zelândia) disseram no mês passado que não foram consultadas pela Fifa após relatos de que o Visit Saudi se juntará a marcas internacionais como Adidas, Coca-Cola e Visa como os principais patrocinadores do torneio.

O torneio de 32 equipes, que começa em julho, será sediado por Austrália e Nova Zelândia. Johnson disse que a FA consultou o Governo e parceiros comerciais sobre o assunto.

“Foi um consenso esmagador de que esta parceria não se alinha com nossa visão coletiva para o torneio e fica aquém de nossas expectativas”, disse Johnson em um comunicado.

“Embora a parceria não tenha sido confirmada pela Fifa, com base nas consultas que tivemos com nossa comunidade, as principais partes interessadas e nossa própria posição, não ficaríamos confortáveis com isso”.

A Fifa se recusou a comentar quando contatada pela Reuters.

Os relatos iniciais do acordo de patrocínio foram recebidos com críticas contundentes de ex-jogadores e ativistas de direitos humanos.

A Anistia Internacional da Austrália disse que há uma “ironia” no fato de um órgão de turismo saudita patrocinar o torneio feminino, já que as mulheres sauditas “nem podem ter um emprego sem a permissão de seu responsável masculino”.

* É proibida a reprodução deste conteúdo.