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Esportes

Ainda longe do 100%, Nadal quer última chance em Roland Garros

Tenista espanhol faturou 14 de seus 22 títulos de Grand Slam em Paris
Shrivathsa Sridhar*
Publicado em 21/05/2024 - 13:21
Bengaluru (Índia)
Nadal em Roma
 11/5/2024    REUTERS/Guglielmo Mangiapane
© REUTERS/Guglielmo Mangiapane/Direitos Reservados
Reuters

Rafael Nadal espera disputar o Aberto da França, no qual ele estaria no papel incomum de azarão, mas lesões incômodas ameaçam azedar o que provavelmente seria a última participação do espanhol no Grand Slam que ele dominou por quase duas décadas.

O tenista de 37 anos, que conquistou 14 de seus 22 títulos de Grand Slam em Paris para se estabelecer como um dos maiores atletas de todos os tempos no saibro, não participou da edição de 2023 com uma lesão no quadril que exigiu cirurgia e ainda está em dúvida se jogará este ano.

Já tendo anunciado que 2024 pode ser sua última temporada no circuito, Nadal voltou às quadras em janeiro, mas teve um pequeno problema muscular que paralisou seu progresso antes de voltar a jogar durante a temporada europeia de saibro.

Depois de uma derrota na segunda rodada em Barcelona, Nadal elevou seu nível para chegar de forma surpreendente à quarta rodada em Madri e encantar os torcedores, mas em Roma uma derrota esmagadora para Hubert Hurkacz em sua segunda partida diminuiu o ânimo antes de Roland Garros.

"Fisicamente, tenho alguns problemas, mas provavelmente ainda não o suficiente para dizer que não vou jogar o evento mais importante da minha carreira no tênis", disse Nadal, que venceu seu primeiro Aberto da França em 2005. "Se eu me sentir pronto, tentarei estar lá e lutar pelas coisas que tenho lutado nos últimos 15 anos, [mesmo] se agora parecer impossível."

O espírito indomável de Nadal, apesar de uma infinidade de lesões em sua brilhante carreira, nunca foi questionado, mas o ex-número um do mundo, que despencou no ranking, corre o risco de ser descartado prematuramente em seu campo de caça mais feliz.

Sua eliminação mais precoce do torneio foi em 2016, quando um problema no pulso o forçou a se retirar antes do confronto da terceira rodada com o compatriota Marcel Granollers, e ele só perdeu três vezes em 115 partidas.

Apesar de ter enfatizado anteriormente que jogaria em Paris somente se se sentisse totalmente em forma e competitivo, Nadal entende a importância de contrariar seus próprios termos, como fez diante de torcedores chorosos em Barcelona, Madri e Roma.

"Provavelmente, quando as pessoas começam a perceber que não haverá muitas chances de me ver jogar novamente, elas se sentem um pouco mais emocionadas, mais tristes, porque, de certa forma, é o fim de uma era importante na história do tênis", disse Nadal. "Como jogador, quero ser lembrado pelos resultados que tive. Como pessoa, espero ser lembrado como um exemplo positivo de respeito, boa educação e boa pessoa."

Os fãs de tênis esperam por um último momento.

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