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Sistema que abastece São Paulo atinge menor nível em 39 anos

A redução da capacidade pode afetar os moradores da região
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 31/01/2014 - 11:56
São Paulo

Os reservatórios do Sistema Cantareira chegaram ao menor nível já registrado nos seus 39 anos de operação: 22,2%. A redução da capacidade pode afetar os moradores da região metropolitana de São Paulo, já que o sistema responde por quase 50% do abastecimento dessas cidades.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), no ano passado, choveu 70% menos do que o esperado nas quatro represas que formam o sistema. A precipitação foi equivalente a 1.090 milímetros de chuva, quando a média histórica anual é de 1.566 milímetros.

Este mês e em dezembro, as chuvas também foram escassas. O mês de janeiro registra, normalmente, 300 milímetros de chuvas, mas, em 2014, o índice ficou em 87,8 milímetros.

Enquanto o último mês do ano costuma registrar, em média, 226 milímetros de chuva, dezembro passado registrou precipitação de 62 milímetros – o pior mês de dezembro desde que a medição começou a ser feita, há 84 anos. Durante o período chuvoso de 2013, entre outubro e março, as chuvas também ficaram 50% abaixo do esperado.

A estiagem pode também afetar os outros cinco sistemas que integram o complexo de abastecimento da Grande São Paulo. O volume de água verificado hoje (31) no Sistema Alto do Tietê foi 44,7%; no Alto Cotia, 63,2%; no Guarapiranga, 67,2%; no Rio Grande, 92,7%; e no Rio Claro, 98,7%. A Sabesp informou que esses níveis estão dentro da normalidade.

Apesar da situação crítica na Cantareira, a Sabesp descartou a possibilidade de racionamento. A companhia pede para que a população economize água, adotando medidas como tomar banhos mais curtos, usar vassoura em vez de mangueira para limpar quintais e calçadas, acumular as roupas para utilizar a máquina de lavar na capacidade máxima e fechar a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba.