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Governo declara Honestino Guimarães como anistiado político pós-morte

Homenagem é forma de oficializar pedido de desculpa do Estado à
Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 11/04/2014 - 09:16
Brasília
Brasilia - O secretário Nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, durante o primeiro encontro de 2014 da comissão (Elza Fiúza/Agência Brasil)
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Brasília - O secretário Nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, participa do primeiro encontro de 2014 da comissão (Elza Fiúza/Agência Brasil)

“Homenagear Honestino Guimarães é uma forma de, emblematicamente, oficializar o pedido de desculpa do Estado à sua família”, disse o secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo AbrãoElza Fiúza/Agência Brasil

Portaria do Ministério da Justiça publicada hoje (11) no Diário Oficial da União declara Honestino Guimarães, ex-presidente da União Nacional dos Estudantes e militante da Ação Popular durante a ditadura militar, anistiado político post mortem (pós-morte) . O governo também determinou a retificação do atestado de óbito, para que conste como causa da morte "atos de violência praticados pelo Estado".

Na última das suas seis prisões, Guimarães foi levado a uma instalação do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna no Rio de Janeiro, em 1973, e está, desde então, desaparecido.

“Homenagear Honestino Guimarães é uma forma de, emblematicamente, oficializar o pedido de desculpa do Estado à sua família, gesto que o país, até o momento, não havia feito”, disse o secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, em setembro do ano passado, quando a comissão concedeu a Guimarães a condição de anistiado político e aprovou parecer em que recomendou a alteração da certidão de óbito do líder estudantil.