Restaurantes e bares da zona sul do Rio tiveram maior movimento durante a Copa

Publicado em 16/07/2014 - 19:55 Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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Pesquisa divulgada pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) mostra que as regiões com o melhor desempenho do setor na Copa do Mundo, em termos de receita  e movimento de turistas, foram Copacabana, Ipanema e Leblon, na zona sul. Nos três bairros da zona sul, o aumento médio nos restaurantes foi 59% e, nos bares, 73%. 

O levantamento foi feito em parceria com o Departamento de Turismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).  Foram ouvidos representantes de 350 estabelecimentos em 13 bairros e 17 regiões da capital fluminense. As entrevistas foram feitas entre 27 de maio e 4 de junho e entre  9 e 11 de julho.

O coordenador do Departamento de Turismo da Uerj, Eduardo Mielke, ressaltou que cada região do Rio tem a sua peculiaridade. “Quando as pessoas chegam de fora, é normal que queiram ir para a orla. Isso ocorre com toda cidade litorânea.” Foi o que ocorreu em Copacabana, por exemplo. Na área da Fifa Fan Fest e nas imediações, até as estações do metrô mais próximas, o fluxo de visitantes foi maior. Afastando-se um pouco desse centro de confraternização, há uma diferença no movimento, motivada em parte por pessoas que preferem sair da aglomeração e estar com a família em ambiente mais reservado.

A pesquisa revela também que houve perda de faturamento em áreas mais comerciais da região central da capital, onde predomina a atividade laboral:  71% dos bares e 67% dos restaurantes  tiveram queda no faturamento. O cenário de retração se repetiu na Barra da Tijuca, na zona oeste: 75% dos restaurantes e 29% dos bares registraram redução do movimento de clientes. Já na Lapa, bairro boêmio e turístico do centro, bares registraram aumento de 48% e restaurantes, de 47%. “Os estabelecimentos que abrem exclusivamente para almoço tiveram queda, enquanto os que abrem o dia todo ou, especialmente, à noite, lucraram”, disse o presidente do SindRio, Pedro de Lamare.

Já em relação à mão de obra, o que se observou foi que, na zona sul da cidade, em especial em locais próximos à Fifa Fan Fest, não houve contratação adicional em restaurantes durante a Copa. No segmento de  bares, o incremento de pessoal foi em torno de 13%. Eduardo Mielke disse que isso ocorreu porque os empresários buscaram informações e se prepararam para a Copa. “Ele [empresário] não teve surpresas. Teve pouca contratação porque se preparou. O que imaginou em termos de volume realmente aconteceu.”

Para o coordenador, os empresários mais comedidos, que esperaram o início da Copa para tomar alguma decisão em relação à mão de obra adicional, não foram imprudentes nem irresponsáveis porque tinham condições de contratar rapidamente, uma vez que haviam deixado gente de sobreaviso para trabalhar, se fosse necessário. Isso ocorreu mais no segmento de bares. Na zona norte, 79% dos restaurantes e 90% dos bares não contrataram durante a Copa; na Barra da Tijuca, na zona oeste, apenas 7% dos restaurantes e 17% dos bares ampliaram as equipes; no bairro de Santa Teresa, que já virou um atrativo turístico no centro, 26% dos bares e 11% dos restaurantes aumentaram o pessoal. O professor da Uerj informou que uma terceira etapa da pesquisa será feita, para análise do setor pós-Copa.

Edição: Juliana Andrade

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