Presidente do Incra afasta servidores citados na Operação Terra Prometida

Publicado em 27/11/2014 - 19:36 Por Flavia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O presidente do Instituto de Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes de Guedes, informou hoje (27) que afastou os servidores suspeitos de participação em esquema de fraudes na concessão de lotes de terras públicas destinadas à reforma agrária. Eles eram investigados pela Operação Terra Prometida da Policia Federal

“Para a instituição, é sempre muito ruim ter servidores arrolados em uma investigação como essa. Entretanto, isso demonstra o compromisso do Incra com o benfeito”, avaliou Guedes, durante a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no Rio de Janeiro, entre quilombolas, a Marinha – que administra uma base militar na ilha – e o governo federal. O TAC foi costurado por representantes do Ministério Público Federal.

“Adotamos medidas administrativas e criamos uma equipe nacional para acompanhar a implementação das mudanças nos lotes em Mato Grosso. Estamos seguros de que a operação da Polícia Federal contribui muito para o trabalho de destinação das áreas de reforma agrária para pequenos agricultores”, salientou.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, também participou do evento. Segundo ele, o ministério sabia da operação desde o início, em 2010, e garantiu apoio técnico à  Polícia Federal (PF), como a relação de ocupantes de áreas de assentamento que não são do programa de reforma agrária nem da agricultura familiar.

As negociações da pauta de reivindicações do 20 Grito da Terra Brasil com 19 ministérios e o Congresso Nacional começam nesta terça-feira (13) e ocorrem até o próximo dia 19 de maio. A pauta conta com 23 pont

O ministro Miguel Rosseto diz que sabia da operação da PF desde o inícioValter Campanato/Agência Brasi

“Faz parte de uma agenda permanente do Incra fiscalizar e assegurar que as áreas da reforma agrária sejam ocupadas pelo público da reforma agrária. Por isso, estamos acompanhando e apoiando a ação da PF”, enfatizou o ministro.

Carlos Guedes adiantou que o Incra já tinha agido em uma das áreas com ocupação ilegal. "Tínhamos feito ações de retomada administrativa e judicial das áreas, de modo que elas voltassem a ser destinadas ao programa de reforma agrária”, explicou.

Acrescentou que, desde o ano passado, o instituto adota um conjunto de medidas adicionais para combater fraudes, entre elas um amplo processo de atualização cadastral. “Já conseguimos atualizar o cadastro de 100 mil famílias”, concluiu o presidente do Incra.

Edição: Armando de Araújo Cardoso

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