Liga Árabe condena ataque ao jornal francês Charlie Hebdo
A Liga Árabe e a Universidade de Al Azhar, a segunda mais antiga do mundo e principal autoridade do Islã sunita, condenaram o atentado terrorista praticado na manhã de hoje (7), em Paris, contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo. Em comunicado, o chefe da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, informou que “condena energicamente o ataque”.
A universidade também condenou o que chamou de “ataque criminoso”, afirmando que “o Islã denuncia qualquer violência” e que “não aprova o uso da violência, mesmo em resposta a qualquer ofensa cometida contra os sentimentos sagrados dos muçulmanos”.
O ataque, praticado por três homens encapuzados e fortemente armados, causou a morte de pelo menos 12 pessoas que estavam na redação do jornal francês, entre eles o diretor da publicação, Stéphane Charbonnier, de 47 anos. Segundo testemunhas, os agressores gritaram “vingamos o profeta”. Charges do profeta Maomé publicadas pelo jornal já haviam gerado fortes protestos entre a comunidade muçulmana no passado.
Mais cedo, o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), instância representativa dos muçulmanos da França, qualificou de “ato bárbaro” o atentado ao jornal Charlie Hebdo. “Este ato bárbaro de extrema gravidade é também um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa”, acrescentou o conselho.
O CFCM é a primeira comunidade muçulmana da Europa, com mais de 3 milhões de membros. Apesar da repercussão, a polícia ainda não encontrou os responsáveis pelo ataque. Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.
*Com informações da Agência Lusa