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São Paulo teve 729 casos de leptospirose no ano passado

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/02/2015 - 16:28
São Paulo
Taboão da Serra - Moradores do município da região metropolitana de São Paulo, limpam suas casas e tentam recuperar o que restou depois das fortes chuvas da noite de ontem (22) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O estado de São Paulo registrou 729 casos de leptospirose no ano passado, média de 14 casos por semana. A informação foi divulgada hoje (19) pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde.

Taboão da Serra - Moradores do município da região metropolitana de São Paulo, limpam suas casas e tentam recuperar o que restou depois das fortes chuvas da noite de ontem (22) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Contato com lama e água de enchentes aumenta risco de transmissão da doençaMarcelo Camargo/Agência Brasil

A leptospirose é causada por bactérias e é transmitida pelo contato das pessoas com a urina de roedores infectados, tais como ratos e ratazanas. Normalmente, o contágio ocorre por meio da água e da lama das enchentes, mas também pode ser pelo contato com esgotos, fossas, lagos e represas. Por isso, é importante tomar muito cuidado com o período de enchentes, comuns nos meses de verão.

Os sintomas da doença são febre aguda, dores de cabeça e no corpo, especialmente na panturrilha, olhos amarelados e urina escura. A doença pode demorar até 30 dias para se manifestar, após o contato.

“A maioria dos casos de leptospirose é branda, mas entre 8% e 10% dos casos acabam evoluindo para um quadro grave, que exige internação em UTI, com alto risco de mortalidade, caso não se estabeleça um diagnóstico rápido”, disse o médico Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Segundo ele, para evitar a leptospirose, é preciso que as pessoas tomem alguns cuidados básicos, como evitar as poças d'água e enxurradas nas calçadas e nas ruas; não atravessar enxurradas e não se expor à água suja, caso comece uma inundação; não permitir que crianças brinquem em poças e canaletas de escoamento, nem com água de enchente; usar luvas de borracha para fazer uma higienização completa, com água sanitária, de tudo o que teve contato com água suja e descartar alimentos e medicamentos que estão em ambientes de inundação, mesmo que a embalagem não tenha sido violada.