Policia Federal desarticula esquema de falsificação de diplomas no Rio

Publicado em 12/03/2015 - 13:18 Por Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Polícia Federal deflagrou hoje (12) operação para desarticular um esquema de venda ilegal de certificados de conclusão de ensinos técnico, médio e fundamental. A representação envolvia um ex-policial civil que foi preso em Governador Valadares, no estado de Minas Gerais. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão expedido pela 5ª Vara Federal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O ex-policial respondia a processo criminal por roubo na 2ª Vara Criminal de Itaboraí, na região metropolitana do Rio, e era considerado foragido da Justiça. Ele deverá ser indiciado pelos crimes de falsificação de documentos públicos e de participação e utilização de documentos falsos perante a representação do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) na Baixada Fluminense.

As investigações da Operação Papiro começaram em outubro do ano passado, em conjunto com o Ministério Público Federal, após a constatação de que muitas pessoas estavam apresentando diplomas e históricos escolares falsos de cursos técnicos na representação do Crea. 

Conforme o inquérito, o falsário, que se identificava como professor, publicava anúncios em jornais de grande circulação na região metropolitana do Rio de Janeiro para atrair compradores. Ele se comprometia a entregar toda a documentação em prazo de até cinco dias, por preços que variavam de R$ 300 a R$ 1,2 mil. O investigado chegava a arrecadar, somente no Rio de Janeiro, cerca de R$ 15 mil por mês, segundo a Polícia Federal.

Os diplomas falsos eram encaminhados, pelos Correios, de Governador Valadares para o Rio de Janeiro e para outros estados da federação. No curso da investigação, a Polícia Federal prendeu em flagrante por crime de receptação, um morador de Bangu, quando este adquiriu um certificado de ensino médio falso.

Os envolvidos deverão responder pelos crimes de receptação e/ou uso de documento falso, com base no Código de Processo Penal. As investigações prosseguirão após as diligências de hoje, a fim de verificar a participação de outras pessoas e identificar os compradores dos documentos falsos.

Edição: Valéria Aguiar

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