logo Agência Brasil
Geral

Famílias das vítimas lembram quatro anos do massacre de Realengo

Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/04/2015 - 13:09
Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Os restos mortais das crianças vítimas de massacre em escola de Realengo, em 2011, ganham jazigo perpétuo no Cemitério jardim da Saudade, Sulacap, zona oeste do Rio. Na foto, a presidente da associ

A  presidenta  da Associação Anjos de Realengo, pede mais segurança nas escolas   Arquivo/Agência Brasil

Quatro anos após o assassinato de 12 adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, moradores da comunidade cobraram mais segurança nas escolas. A tragédia foi lembrada hoje (7) em uma missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no mesmo bairro. Fotos das vítimas foram expostas em banners na igreja.

A presidenta da Associação dos Anjos de Realengo, Adriana Silveira, mãe de uma das vítimas, Luiza Paula, criticou a falta de segurança nas escolas e disse que nada mudou desde a tragédia. Para ela, a presença de guardas municipais nas escolas pode inibir pessoas com intenções violentas e um trabalho de conscientização deve ser feito para combater o bullying.

Na visão dela, o bullying praticado contra o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira teve "grande contribuição" para que ele voltasse à escola anos depois e cometesse os crimes.

"Nossa luta é por segurança nas escolas e para que se tenha profissionais qualificados que identifiquem crianças que possam por problemas, que tenham algum distúrbio e que sejam encaminhadas para tratamento", disse.

No fim da tarde, uma campanha contra o bullying será lançada pela associação em uma oração no Cristo Redentor. A iniciativa contará com um concurso de redação e frases sobre bullying para escolas de ensino fundamental e médio.

Noeli da Silva Rocha, de 43 anos, mãe da menina Mariana, fez uma tatuagem no antebraço esquerdo com o nome da filha, que foi morta na chacina. Noeli disse que abril é um mês difícil para família.  "No dia 1º, começa a vir aquela dor no peito, que só aumenta. Não desejo para o meu pior inimigo o que passamos."

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, enviou uma mensagem e a organização não governamental (ONG) Viva Rio fez uma ação incentivando a doação de sangue.