Força Nacional fará segurança principal dos Jogos Olímpicos de 2016

Publicado em 06/05/2015 - 20:10 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Reunião da Comissão Estadual de Segurança Pública para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Na foto, Andrei Rodrigues, presidente da Comissão (Fernando Frazão/Agência Brasil)

O secretário Andrei Rodrigues adiantou que a rotina da segurança pública continua com as polícias Civil e Militar do estado do Rio de JaneiroFernando Frazão/Agência Brasil

A segurança nos principais locais de competição, hospedagem e de comunicação durante os Jogos Olimpícos de 2016 será responsabilidade da Força Nacional de Segurança (FNS). Vinculada ao Ministério da Justiça (MJ), a tropa é formada por 13 mil policiais militares de diversos estados, que recebem treinamento específico para situações especiais. O contingente que atuará no Rio ainda não foi especificado.

A informação foi divulgada hoje (6) pelo secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do MJ, Andrei Rodrigues, durante reunião da Comissão Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil para os Jogos Rio 2016.

Para Rodrigues, o objetivo de utilização da Força Nacional é não impactar na rotina da segurança pública do estado do Rio, que continuará a ser feita pelas polícias Militar e Civil. "Temos uma premissa fundamental, que é não impactar na segurança pública da cidade e do estado do Rio de Janeiro. É um diálogo com as 27 unidades da Federação, para que tenhamos a colaboração de profissionais da Força Nacional de Segurança."

A Força Nacional cuidará das instalações de maior importância para os Jogos, que têm capacidade para receber até 860 mil pessoas."Vamos assumir algumas áreas de competição, treinamento e a Vila Olímpica, envolvendo 41% das instalações, que têm presença de público, atletas, mídia e árbitros. As demais [59%] permanecem sob responsabilidade do Comitê [Olímpico]", detalhou Andrei.

Segundo ele, a Força Nacional assumirá a missão a partir de 5 de julho de 2016, um mês antes do início da competição, e ficará até dez dias após o fim da Paralimpíada. Também há a possibilidade de serem utilizados policiais militares aposentados do Rio de Janeiro, que trabalhariam em apoio ao evento.

O orçamento do Comitê Olímpico para segurança privada é R$ 252 milhões. O governo federal investirá R$ 350 milhões, incluindo equipamentos que ficarão como legados para o estado. Nesse valor, não está incluido o que será gasto com despesas de deslocamentos, alojamento e diárias para os policiais da Força Nacional.

Entre as preocupações com a segurança dos Jogos estão a prevenção e o combate ao terrorismo. O evento terá participação de 204 países, muitos atualmente enfrentando problemas com guerras e atentados. O representante do governo brasileiro garantiu que os esforços estão sendo feitos, inclusive com a cooperação de outros países, para evitar que ocorram atentados terroristas nas Olimpíadas.

"Há todo um trabalho das instituições de segurança pública, inteligência, defesa nacional e Defesa Civil. Elas atuam de maneira conjunta. Há um centro de cooperação de inteligência [coordenado pela Agência Brasileira de Inteligência], com mais de 100 países dispostos a participar. O Brasil garante o nível de qualidade de segurança que sempre garantiu em grandes eventos", acrescentou Andrei.

De acordo com o secretário, policiais estrangeiros não poderão portar armas, com exceção das equipes encarregadas da segurança direta dos chefes de Estado. As Forças Armadas, segundo Andrei, também participarão dos esforços de segurança dos Jogos, cuidando de áreas estratégicas, mar territorial e espaço aéreo, garantindo ainda efetivo de reserva para casos de necessidade. A Polícia Federal ficará com a segurança das autoridades, fiscalização nos aeroportos e policiamento nas fronteiras.

Edição: Armando Cardoso

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