PM ocupa mais quatro comunidades da Maré, no Rio
A operação de substituição de tropas da Força de Pacificação do Exército por patrulhamento da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi realizada na madrugada de hoje (1º), nas comunidades da Nova Holanda, Parque União, Rubem Vaz e Nova Maré, no Complexo da Maré, zona norte do Rio. A PM iniciou a ocupação com um cinturão de segurança nos acessos à Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha, que passam ao lado do complexo.
Segundo o relações públicas da PM, coronel Frederico Caldas, a operação ocorreu dentro da normalidade, sem nenhum incidente. A partir de agora, mas ainda sem data definida, serão desencadeadas operações pelas tropas dos batalhões de Operações Especiais, Choque, Ações com Cães e Operações Aéreas, com base em informações processadas pelo setor de inteligência da Polícia Militar.
“As informações que foram obtidas com o Exército, que fez aqui um trabalho extraordinário, vão ser fundamentais para que seja mantida essa estabilidade. Embora nós reconheçamos que ainda há problemas, estamos entrando em uma área que está apresentando um cenário de estabilidade. Isso permitiu que nós repensássemos a estratégia de ocupação”, explicou o militar.
A ocupação foi feita por equipes do 22º Batalhão da PM (Maré) e 369 policiais da Companhia Maré, sendo 169 que atendem o serviço telefônico 190 e 200, para o patrulhamento. No entorno das comunidades atuarão policiais do Grupamento Tático de Motociclistas. Segundo Caldas, a preparação do efetivo começou em novembro.
Desde 1º de abril, as comunidades da Praia de Ramos e Roquette Pinto estão sob responsabilidade da PM e a região deve receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em julho.
“Os 115 policias que iniciam a partir desta semana a ocupação da Praia de Ramos e Roquete Pinto, substituindo policias do 22º Batalhão e do Batalhão de Choque, que estavam atuando ali, passaram por um programa de treinamento e capacitação e agora fazem esse trabalho de ambientação no terreno. Eles fazem a ocupação, o patrulhamento, como se fosse já a implantação da UPP. Naturalmente, não será ainda a UPP, mas eles já vão atuar nos moldes e na filosofia da polícia de proximidade”, acentuou.
O Exército vai deixar todas as 16 comunidades da Maré até 30 de junho.