Brasil lamenta tragédia que deixou 717 mortos em Meca
O Brasil lamentou a tragédia em Mina, perto de Meca, que deixou pelo menos 717 pessoas mortas e 805 feridas hoje (24), após tumulto durante um dos rituais de peregrinação anual dos muçulmanos.
“O governo brasileiro expressa seu profundo pesar pela tragédia que, no dia de hoje, vitimou centenas de fiéis, durante as celebrações do Hajj, em Meca, e apresenta suas sentidas condolências aos familiares das vítimas, ao governo e ao povo sauditas, e se solidariza com a grande comunidade islâmica em todo o mundo”, afirmou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.
Segundo o Itamaraty, a Embaixada do Brasil em Riade não tem registro, até o momento, de vítimas brasileiras.
O ministro da Saúde saudita, Khaled Al Faleh, atribuiu o tumulto à falta de disciplina dos peregrinos, que têm tendência, segundo ele, a ignorar as instruções dos responsáveis pela peregrinação.
“Se os peregrinos tivessem seguido as indicações, teríamos podido evitar este gênero de acidente”, declarou Khaled Al Faleh à televisão pública El-Ekhbariya, depois de ter ido ao local da tragédia, a pior nos últimos 25 anos.
“Numerosos peregrinos movimentam-se sem respeitar os horários determinados pelos responsáveis da gestão dos ritos”, disse o ministro, acrescentando ser essa “a razão principal deste tipo de incidente”.
O Irã, que perdeu 43 cidadãos no tumulto, atribuiu a tragédia a falhas no dispositivo de segurança saudita.
O ritual do Hajj está entre os cinco pilares do islamismo, e todos os muçulmanos deverão fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
*Com informações da Agência Lusa