Justiça ouve mandante da Chacina de Unaí em terceiro dia de julgamento
A Justiça Federal de Minas Gerais ouviu hoje (29), terceiro dia de julgamento, o réu Norberto Mânica, acusado de ser mandante do crime conhecido como Chacina de Unaí. Foram apresentadas provas processuais, como vídeos, áudios e depoimentos, tanto de acusação quanto de defesa. Cada parte teve três horas para explanação.
A expectativa é que o julgamento de Mânica e de José Alberto de Castro, acusado de ser intermediário entre pistoleiros e mandantes do crime, termine amanhã.
Os assassinatos aconteceram no dia 28 de janeiro de 2004, quando os auditores fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, foram executados a tiros, enquanto se preparavam para uma fiscalização de rotina em fazendas de feijão da zona rural do município de Unaí, Minas Gerais.
A acusação levou também informações sobre a realidade do trabalho escravo no contexto de onde aconteceram os assassinatos. A expectativa é que o julgamento termine amanhã.
Até agora três pessoas foram julgadas pelo crime. Rogério Alan Rocha Rios, foi condenado a 94 anos de prisão, por quádruplo homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha; Erinaldo de Vasconcelos Silva, a 76 anos de reclusão, também por quádruplo homicídio triplamente qualificado, formação de quadrilha e receptação; e William Gomes de Miranda, a 56 anos de prisão, pelo crime de homicídio.
Antério Mânica, irmão de Norberto e também acusado de ser mandante do crime, está com julgamento marcado para o dia 4 de novembro. Hugo Alves Pimenta, ouvido ontem como testemunha e acusado de ser intermediário entre pistoleiros e mandates, deverá ser julgado no dia 10 de novembro.
*Com informações da Rede Minas
