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Mais de 90 pessoas são medicadas por causa da fumaça tóxica na Baixada Santista

Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/01/2016 - 09:57
São Paulo
Fumaça tóxica em Guarujá

Incêndio no Porto de Santos espalha nuvem de fumaca tóxica em GuarujáFernanda Cruz/Agência Brasil

Noventa e duas pessoas foram atendidas até as 8h de hoje (15) somente em unidades médicas das cidades de Santos e Guarujá, com problemas de saúde causados pela inalação da fumaça tóxica após o incêndio que atingiu, na tarde de ontem (14), o setor de cargas da empresa Localfrio, no Porto de Santos, litoral paulista.

De acordo com a prefeitura de Santos, no município foram atendidas 26 pessoas, sendo 13 no Pronto-Socorro Municipal e 13 no Pronto-Socorro da zona leste. O caso que exigiu mais cuidados, segundo  comunicado oficial, é o de uma senhora de 72 anos que sofre de asma. Mais 66 pessoas receberam atendimento em unidades do Guarujá.

Entre as 6h30 e as 8h desta sexta-feira, técnicos da Defesa Civil percorreram vários pontos da cidade de Santos e constataram que foi reduzida a nuvem de fumaça nos bairros. ”O odor é percebido em nível moderado nas imediações da Estação das Barcas, na Praça da República, no centro”, diz a nota. Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estão fazendo o controle da qualidade do ar e, conforme a nota, o vento segue em direção sudoeste, o que favorece a dispersão e o afastamento da névoa tóxica.

Os bombeiros continuam trabalhando no terminal do Guarujá para conter os focos ainda existentes em 15 contêineres. O incêndio, que começou por volta das 15h de ontem (14), foi provocado, segundo a Localfrio, por uma reação química da água da chuva com o produto ácido dicloroisocianúrico. A substância entrou em combustão e se alastrou para outros contêineres.