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Exames não encontram Aedes aegypti em depósito de pneus no Rio Grande do Sul

No depósito irregular, localizado no município de Ernestina (RS), há
Daniel Isaia - Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 15/02/2016 - 13:21
Porto Alegre
Coleta de larvas para exame laboratorial (Divulgação/Prefeitura de Ernestina)
© Divulgação/Prefeitura de Ernestina
Coleta de larvas para exame laboratorial (Divulgação/Prefeitura de Ernestina)

Coleta de larvas em pneus para exame laboratorialDivulgação/Prefeitura de Ernestina

Os exames das larvas colhidas no depósito clandestino de pneus em Ernestina, município da região norte do Rio Grande do Sul, tiveram resultado negativo para Aedes aegypti. Das 300 amostras coletadas, no entanto, quatro deram positivo para a espécie Aedes albopictus, transmissora da febre chikungunya. As larvas foram colhidas em ação realizada durante a força-tarefa nacional do último sábado (13).

Mesmo que os exames não tenham identificado a presença do mosquito que também transmite a dengue e o vírus Zika, a prefeitura de Ernestina teme que a água acumulada nos mais de 30 mil pneus, nos carros sucateados e no lixo, espalhados a céu aberto, atraiam o inseto para a região. “Eu fiquei apavorado quando cheguei ao depósito. O risco de uma epidemia é muito grande”, afirmou o prefeito de Ernestina, Odir Boehm.

Hoje (15) de manhã, Boehm participou de uma reunião com representantes da Brigada Militar e com o Ministério Público (MP) em Passo Fundo. A comissão busca a parceria de uma empresa de São Paulo, Reciclanip, que manifestou interesse no material armazenado no depósito. Caso uma liminar na Justiça seja obtida nas próximas horas, a remoção poderá começar em até 72 horas.

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O prefeito Odir Boehm (camisa azul), durante reunião com a Brigada Militar e o MP em Passo FundoDivulgação/Prefeitura de Ernestina

Segundo o prefeito, o proprietário do terreno tem licença para operar um ferro-velho, mas não paga impostos desde 2008. Em 2009, o MP ingressou com uma ação civil pública para que ele regularizasse a situação da área. Odir Boehm afirmou que tomou conhecimento do depósito irregular apenas em janeiro deste ano, por meio de uma rádio local: “Aproveitei esse esforço nacional contra o Aedes aegypti para convocar todas as autoridades e encontrar um desfecho o mais rápido possível para esse problema”.