Samarco tem até o fim da semana para apresentar defesa ao Conar

A mineradora Samarco tem até o fim da semana para apresentar defesa ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) no processo que investiga a veracidade das informações contidas na peça publicitária veiculada pela empresa após o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), em novembro do ano passado.
Após receber dezenas de reclamações de consumidores sobre a veracidade das informações relacionadas à ajuda prestada pela empresa às famílias atingidas e ações de recuperação dos estragos, o Conar decidiu abrir processo para averiguar o conteúdo da campanha publicitária da Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton.
No comercial “É sempre bom olhar para todos os lados – Samarco histórias”, funcionários da mineradora relatam as ações que supostamente estão sendo adotadas pela mineradora e o sentimento deles, logo após a tragédia que matou 17 pessoas e deixou dois desaparecidos, além de deixar um rastro de destruição em mais de 600 quilômetros entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A partir da apresentação da defesa, o Conselho de Ética do Conar vai nomear um relator, que ficará responsável pelo caso. De acordo com o Conar, a análise dura cerca de 40 dias. Com isso, o julgamento do caso deve ocorrer no final do mês de março. Como não houve pedido de liminar, pedindo a suspensão da peça publicitária, a campanha pode continuar sendo veiculada. Ao final do julgamento, o Conar pode decidir pelo arquivamento do caso, adequação ou sustação da veiculação.
Procurada, a Samarco não enviou resposta até a publicação da reportagem.


