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Polícia Civil do Rio encerra inquérito de estupro coletivo; sete são indiciados

A titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Cristiana
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 17/06/2016 - 15:32
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - A titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, Cristiana Bento, fala sobre o estupro coletivo da adolescente de 16 anos, que teve um vídeo divulgado nas redes sociais  (Tomaz Silva/Agência Brasil)
© Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou hoje (17) que sete pessoas foram indiciadas no caso da adolescente que sofreu estupro coletivo no mês passado. A titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Cristiana Bento, pediu à Justiça a prisão preventiva dos indiciados e encaminhou o caso ao Ministério Público. Apesar disso, as investigações continuarão a buscar possíveis partícipes do crime, que causou comoção nas redes sociais após a divulgação de imagens em que a adolescente era violentada.

O inquérito foi concluído com o indiciamento de Raí de Souza e Raphael Duarte Belo pelos crimes de estupro de vulnerável e produção e divulgação de material pornográfico com menor de idade; um menor de idade, por ato análogo aos mesmos crimes; Moisés Camilo de Lucena e Sérgio Luiz da Silva, por estupro de vulnerável; e Michel Brasil e Marcelo Miranda, pela divulgação das imagens.

O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, que também foi investigado e chegou a ser preso, não foi indiciado porque as investigações não apontaram sua participação no crime.

A delegada Cristiana Bento afirmou que a perícia no celular de Raí de Souza foi fundamental para que as investigações determinassem a atuação de cada um dos indiciados. No aparelho, foram encontradas mais imagens e conversas em que os investigados combinavam os depoimentos.

Cristiana Bento disse esperar que os indiciados recebam "penas exemplares". "Que sirva de exemplo para a comunidade que a mulher não é uma coisa, e que deve ser respeitada. E que praticar sexo com adolescente ou qualquer mulher desacordada, que não possa oferecer resistência, é crime", afirmou ela, que acrescentou: "Acredito que [esse caso] fez a sociedade pensar no conceito de estupro e na cultura do estupro. A cultura do estupro pretende colocar a culpa na vítima ou despenalizar o agressor, absolvendo como doente ou psicopata. É um alerta que se faz".

*Colaborou a repórter Ligia Souto, do Radiojornalismo da EBC