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RioZoo abre viveiros ao público e planeja “enclausurar visitantes”

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/12/2016 - 14:41
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Crianças observam o leão durante visita ao RioZoo, um dos mais tradicionais zoológicos do Brasil, reaberto hoje (16) ao público (Tomaz Silva/Agência Brasil)
© Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Após passar por melhorias emergenciais, o RioZoo, um dos mais tradicionais zoológicos do Brasil, reabre hoje (16) ao público. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Após passar por melhorias emergenciais, o RioZoo, um dos mais tradicionais zoológicos do Brasil, foi reaberto hoje ao público     Tomaz Silva/Agência Brasil

A estudante Lorena de Araújo, de 11 anos, é apaixonada por animais e se encantou ao ver de perto as cores de araras e pavões dentro do maior viveiro do RioZoo. O Zoológico do Rio de Janeiro reabriu hoje (16) com a meta de aproximar os visitantes dos animais e também com a proposta de aumentar os espaços de confinamento nos próximos 24 meses.

Diretor do Zoológico desde a concessão à iniciativa privada, José Roberto Scheller Júnior explica que, em breve, são os visitantes que estarão "enclausurados".

"O nosso projeto de concessão é construir um Zoológico totalmente novo. Acabam os recintos com jaulas e se criam recintos em que o animal está no seu habitat, e o visitante é que fica encurralado ou enclausurado. Ou atrás de vidro ou de barreiras visuais, mas sem grades", explica.

A ideia já foi implementada nos maiores viveiros do zoo. Lorena e a família puderam entrar no espaço em que estavam espécies coloridas como as araras vermelhas e canindé, e ver de dentro das gaiolas como elas se comportam no confinamento. Em outro viveiro é possível ver espécies exóticas como o grou coroado e outras bem familiares dos brasileiros, como a Araquaí.

Ela foi levada ao RioZoo pela tia e o marido, que ficaram curiosos com a possibilidade de entrar nas jaulas. "Gostamos bastante. É importante termos mais espaços como esses para visitar no Rio de Janeiro", disse Cássio Amorim, de 27 anos. Sua mulher, Amanda Pimenta, também de 27 anos, brinca que ficou assustada ao se ver tão perto das aves. "Fiquei com medo de ser atacada".

Os visitantes recebem recomendações dos profissionais que cuidam das jaulas, como não tocar nem oferecer comida ou bebida aos animais. Outro ponto importante é evitar fotografias com flash, já que os olhos dos pássaros podem ser sensíveis à luminosidade intensa.

Casal de leões

Outra atração que chamou a atenção dos visitantes é o casal de leões expostos pela primeira vez hoje. Em meio a pedras e pequenas cachoeiras que simulam seu habitat, os animais trazidos de outro zoológico, de Santa Catarina, já são separados dos visitantes por um vidro reforçado.

"Os grandes animais são as grandes estrelas mundiais de zoológicos", diz Scheller. Ele adianta que uma das atrações previstas é alimentar girafas. Na área do Zoológico conhecida como "fazendinha" já é possível dar mamadeira a bezerros e tocar em animais comuns em propriedades rurais.

O Zoo do Rio tem cerca de 1,3 mil animais e o planejamento da empresa que o administra é trazer mais atrações e também reintroduzir alguns na natureza. Uma parceria já firmada com o Parque Nacional da Tijuca pode reforçar o processo de inserção de araras na Mata Atlântica, e outra espécie que pode voltar ao seu habitat é o porco do mato cateto.

A empresa que assumiu a administração do Zoológico do Rio é do mesmo grupo que inclui Cataratas do Iguaçu, Econoronha, Paineiras Corcovado, AquaRio e Marco Três Fronteiras. Em dois anos, o investimento previsto é de R$ 65 milhões.



Zoo do Rio reabre ao público