Segunda fase da Operação Manobra de Osler apura desvios do SUS em SC
Foi deflagrada hoje (9) a segunda etapa da Operação Manobra de Osler, que visa a combater desvios de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina e no Paraná. A ação é feita em parceria do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF).
Agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em duas clínicas sediadas em Chapecó, no oeste catarinense, e em uma terceira clínica localizada em Pato Branco, no sudoeste paranaense. As residências de dois administradores das empresas investigadas também são alvo da operação.
Segundo a CGU, esta fase da Manobra de Osler "aponta para a prática de desvios de recursos por empresas prestadoras de serviços médicos de média e alta complexidade". O órgão informou que o volume de recursos do SUS destinado a uma das clínicas foi quase R$ 3 milhões, no ano passado.
As investigações apontam indícios de crimes como peculato, dispensa indevida de licitação, falsidade ideológica e associação criminosa.
A operação
A Operação Manobra de Osler começou há dois anos, quando as investigações da CGU, PF e MPF identificaram desvios de recursos do SUS em Chapecó, entre 2013 e 2015.
Em novembro do ano passado, a Justiça Federal determinou de forma cautelar a suspensão do exercício de função pública da então secretária de Saúde do município catarinense, Cleidenara Weirich, e do ex-diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Santa Catarina Paulo Utzig.
