Decisão sobre policiais acusados de executar suspeito de roubo em SP sai hoje
O julgamento dos três policiais acusados pela morte e execução de Paulo Henrique Porto de Oliveira, morto no dia 7 de setembro de 2015, na região do Butantã, na zona oeste da capital paulista, recomeçou hoje (14) por volta das 10h, com a fase de debates.
O primeiro a falar, pelo prazo de duas horas e meia, é o promotor Rogério Leão Zagallo, responsável pela acusação. Depois dele, o debate prossegue com os advogados de defesa dos policiais, também pelo prazo de duas horas e meia. Seguem-se as réplicas e tréplicas e só então os sete jurados vão se reunir para decidir se condenam ou absolvem os policiais. A previsão é que a fase de debates dure cerca de nove horas e que a decisão dos jurados só saia à noite, até as 22h.
Os policiais Tyson Oliveira Bastiane, Silvano Clayton dos Reis e Silvio André Conceição são acusados de homicídio doloso qualificado (com intenção de matar e por meio cruel, sem possibilidade de defesa da vítima), fraude processual, falsidade ideológica e porte ilegal de arma.
O julgamento teve início na manhã de ontem (13), com a leitura silenciosa das peças pelos sete jurados, os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa e o interrogatório dos réus.
Durante depoimento, os réus confessaram ter mentido aos investigadores nas primeiras versões sobre o crime e de ter forjado o confronto ao colocar uma arma ao lado da vítima. Eles disseram que atiraram em Paulo, mas em legítima defesa, após a vítima tentar retirar a arma do policial Bastiane.
Caso
Paulo Henrique Porto de Oliveira e Fernando Henrique da Silva foram mortos depois de roubar uma motocicleta e tentar fugir dos policiais.
Imagens feitas pelo celular de uma testemunha mostraram um policial jogando Fernando de um telhado. Já uma câmera de segurança mostrou Paulo se entregando, levantando a camisa para mostrar que estava desarmado e sendo colocado contra um muro, fora do alcance da câmera, momento em que foi morto por Bastiane. O vídeo mostra ainda um dos policiais pegando uma arma na viatura para forjar um confronto e justificar a morte do suspeito.
Hoje estão sendo julgados apenas os policiais responsáveis pela morte de Paulo. O julgamento do assassinato de Fernando foi marcado para o dia 27 de março.


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