PM apreende fuzil e granadas em ação contra o tráfico de drogas no Rio

Publicado em 16/05/2017 - 20:42 Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Polícia Militar apreendeu hoje (16), em uma operação contra o tráfico de drogas na favela do Rola, em Santa Cruz, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, um fuzil, duas granadas, uma pistola, um radiotransmissor e uma quantidade de drogas ainda não contabilizada. Na ação, quatro pessoas foram presas e uma ficou ferida em confronto com os militares, sendo encaminhada ao Hospital Municipal Pedro II, no mesmo bairro.

Para fugir do cerco realizado por policiais do Batalhão de Santa Cruz, o chefe do tráfico de drogas na região, conhecido como Tyrso, deu ordens para que moradores da comunidade ateassem fogo em ônibus urbanos. Dois deles foram queimados na Estrada da Urucânia, em frente à Estação Ferroviária Tancredo Neves. Com a confusão, o líder do tráfico conseguiu escapar. Na Avenida Antares, um grupo de pessoas ateou fogo em paus e pneus e interrompeu por quase uma hora o tráfego de veículos.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Lazer, as unidades municipais de ensino fundamental da região funcionaram normalmente.

Ônibus queimados

A Federação de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor) informou que, com os dois ônibus queimados hoje, subiu para 55 o número de veículos atingidos por incêndios criminosos desde o início do ano. “É um veículo destruído a cada 60 horas, reduzindo a oferta de ônibus à população”.

Desde 2016, 98 ônibus já foram queimados em atos de vandalismo. O prejuízo do setor já supera R$ 44 milhões. Como não há seguro para esse tipo de sinistro, as empresas arcam com o custo de reposição da frota.

De acordo com o gerente de Planejamento e Controle da Fetranspor, Guilherme Wilson, os veículos destruídos não serão substituídos. “É preciso conscientizar a população de que o ônibus é um bem público e essencial à mobilidade urbana, deixando a população cada vez mais prejudicada com a redução da frota em circulação”, disse.

Edição: Juliana Andrade

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