Marun se reúne com interventor Braga Netto, no Rio
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse hoje (19) que os órgãos responsáveis pelas investigações de crimes levam, em média, de 60 e 70 dias para solucionar os casos mais difíceis, como o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A declaração ocorreu após uma reunião com o general Walter Braga Netto, interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
"Temos que lembrar que 60, 70 dias é o prazo que tem demandado as investigações para solução desses crimes mais difíceis", afirmou o ministro, citando os casos do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza na favela da Rocinha, em 2013, e do homicídio da juíza Patrícia Acioli, em 2011. "Tenho a convicção de que nesse prazo ou até quem sabe num tempo menor, podemos comemorar o esclarecimento desse brutal assassinato", acrescentou.
Marun disse que se reuniu com Braga Netto para parabenizar os responsáveis pela intervenção pelo trabalho realizado até o momento e também para se colocar à disposição para contribuir. Segundo o ministro, os assassinatos na capital fluminense estão diminuindo. "Temos estatísticas ainda internas que trazem essa visão de que está acontecendo uma retração no número de ocorrências no Rio de Janeiro", disse, sem apresentar números.
Para Marun, já há o que comemorar. Ele menciona duas recentes apreensões no estado, realizadas respectivamente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Federal (PF): uma de mais de 40 armas, incluindo fuzis, e outra de 232 quilos de cocaína.
Na opinião do ministro, o homicídio de Marielle não coloca em cheque a intervenção. "Ao contrário, o brutal assassinato da vereadora é prova de que algo tem que ser feito para deter esta escalada de violência que hoje sequestra o Rio de Janeiro".