logo Agência Brasil
Geral

Esplanada dos Ministérios tem atos pró e contra Lula

Os manifestantes ficaram separados por grades para garantir a
Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 04/04/2018 - 20:18
Brasília
Brasília - Manifestantes a favor de Lula protestam na Esplanada dos Ministérios. O STF julga o pedido do ex-presidente para não ser preso até se esgotarem os recursos na Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No momento em que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgam o pedido de habeas corpus preventivo para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestantes contra e a favor de Lula protestam no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. Até agora, cinco dos 11 ministros votaram: sendo quatro contra a concessão do habeas corpus e um a favor. 

Brasília - Manifestações pró e contra Lula na Esplanada dos Ministérios. O STF julga o pedido do ex-presidente para não ser preso até se esgotarem os recursos na Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 Manifestações pró e contra Lula na Esplanada dos Ministérios. Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

>> Acompanhe ao vivo o julgamento

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 2 mil pessoas, somando os dois grupos, estavam na área até o início da noite, com metade para cada lado. A expectativa é que número de participantes aumente com o fim do expediente de trabalho, segundo os organizadores. 

Contra o habeas corpus 

Do lado do grupo contrário à concessão do habeas corpus, os manifestantes, convocados pelos movimentos Vem Pra Rua e Limpa Brasília, se revezaram no carro de som elétrico para defender a prisão de Lula e intervenção militar no país.

Brasília - Manifestantes contra Lula protestam na Esplanada dos Ministérios. O STF julga o pedido do ex-presidente para não ser preso até se esgotarem os recursos na Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Manifestantes contra Lula protestam na Esplanada dos Ministérios durante julgamento do habeas corpus Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Antes de iniciar discurso no trio, por exemplo, o general da reserva do Exército Paulo Chagas foi recebido aos gritos de "Intervenção Já" pelos presentes. Após sua fala, ele disse aos jornalistas que não defende a tomada de poder pelos militares, mas criticou o STF caso aceite o habeas corpus de Lula. "O problema é a sociedade perder o respeito e a confiança na nossa estrutura legal e aí ninguém vai respeitar mais ninguém", argumentou.

Mais cedo, produtores rurais, que vieram a Brasília para protestar contra o pagamento retroativo do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), também participaram do ato. Diversos parlamentares subiram ao trio elétrico dos produtores para reforçar o discurso contra o Funrural, mas também contra Lula. Entre eles, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

A favor do habeas corpus

Já os manifestantes a favor do ex-presidente reforçaram o discurso de que a prisão de Lula é uma tentativa de afastá-lo da disputa eleitoral e fere a democracia.

"Que prevaleça a hierarquia das leis, com a validade da Constituição. O Lula tem direito de ser candidato", afirmou Rodrigo Britto, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Brasília.

Brasília - Manifestantes a favor de Lula protestam na Esplanada dos Ministérios. O STF julga o pedido do ex-presidente para não ser preso até se esgotarem os recursos na Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Manifestantes a favor de Lula protestam na Esplanada dos Ministérios durante julgamento de habeas corpusFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A manifestação também contou com a presença de diversos parlamentares, principalmente de integrantes do PT, PSOL e PCdoB. "Nós somos a favor da justiça, mas não de uma justiça seletiva", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Para o parlamentar, o ex-presidente Lula tem o direito de ser julgado pelo "melhor tribunal que já inventaram: o tribunal das urnas", acrescentou.