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Jungmann diz que manifestações devem ocorrer com “espírito ordeiro”

"Um espírito de respeitar as instituições, as leis e patrimônio
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/04/2018 - 18:02
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, fala à imprensa após reunião com o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (3), no Rio, que as manifestações convocadas para ocorrer amanhã, durante a apreciação do pedido de habeas corpus em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal, devem ser feitas “dentro de um espírito ordeiro”. O ministro disse esperar que seja uma manifestação normal do regime democrático.

“O regime democrático não é regime do consenso, é o do dissenso, mas ele é regulado, e é regulado exatamente pelas normas e pelas leis que são votadas pelos representantes populares do povo que vai se manifestar. Aquele que queira, se manifeste amanhã, mas sempre dentro de um espírito ordeiro. Um espírito de respeitar as instituições, as leis e patrimônio publico, que afinal é de todo o povo brasileiro”, apontou. “Pelas informações que nós temos, acho que dá para manter sob controle”, completou.

Balanço da intervenção

Quanto aos efeitos da intervenção federal no Rio, Jungmann informou que, após a conclusão da análise dos números, os resultados serão apresentados pelo interventor federal, general Walter Braga Netto. “Eles estavam fechando os últimos números, mas já se pode dizer que são melhores. Espero que, em breve, eles possam relatar para vocês”, afirmou Jungmann, após participar de um debate sobre segurança pública na sede do jornal O Globo.

Na visão do ministro, aos poucos, os resultados da intervenção federal no Rio estão sendo notados. Segundo ele, embora os dados ainda não estejam completos, no comparativo entre o período da Páscoa de 2017 e o deste ano, já se pode ver uma melhora. “Entre a Páscoa do ano anterior e a Páscoa deste ano, os números já foram melhores. Evidente que isso é um dado estatístico muito pequeno, dentro de uma situação muito mais ampla, mas de todo jeito eu acredito que as medidas estão sendo tomadas e que os resultados vão sendo sentidos gradualmente, mas eles vão vir. Pode ter certeza disso”, destacou.

Jungmann reconheceu que a liberação do repasse de R$ 1,2 bilhão do governo federal para ser aplicado na área de segurança passa por um processo administrativo, como em qualquer caso deste tipo, mas o que importa é que foi decidida por meio de medida provisória e o dinheiro em pouco tempo poderá ser utilizado. “A medida provisória já liberou, é irreversível, e o dinheiro, muito em breve, estará aqui para reequipar, qualificar, modernizar as forças policiais do Rio de Janeiro”, disse.