AGU pede que TST aumente multa a petroleiros por manutenção da greve

Apesar de proibição do tribunal, categoria iniciou greve de 72 horas

Publicado em 30/05/2018 - 18:54 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou hoje ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) a ampliação da multa pelo descumprimento da proibição da greve dos petroleiros, fixada pelo tribunal ontem (29). Em vez dos R$ 500 mil estipulados pela ministra Maria de Assis Calsing, a AGU quer que o valor seja definido em R$ 5 milhões.

Rio de Janeiro - Faixas de greve colocadas na sede da Petrobras, no centro da cidade, durante paralisação de petroleiros em vários estados reivindicando 10% de reajuste salarial (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Petroleiros iniciaram paralisação contra política de preços da Petrobras  (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Ontem a ministra considerou abusiva a greve dos petroleiros e definiu a multa, também a pedido da Advocacia-Geral. Contudo, mesmo com a proibição a categoria deflagrou a greve de 72 horas desde a 0h de hoje.

No pedido, a AGU justifica a solicitação de aumento pelo descumprimento da proibição determinada pelo Tribunal Superior do Trabalho. “Causa perplexidade que, com o desrespeito a uma ordem judicial, as entidades sindicais simplesmente desafiem o Poder Judiciário ensejando insegurança jurídica e pondo à prova a própria credibilidade de um Poder do Estado”, diz o documento.

Os petroleiros afirmam que o movimento é uma reação à política de preços dos combustíveis, de crítica à gestão na Petrobras e contra os valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis.

Outro lado

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade responsável pela organização da greve da categoria, condenou a medida. "O pedido, assim como a decisão, são absurdos e vamos recorrer. Até porque, não estamos causando problemas no abastecimento e fornecimento de derivados", disse o secretário de comunicação da entidade, Gerson Castellano. 

Edição: Davi Oliveira

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