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Militares mortos em operações são sepultados no mesmo cemitério no Rio

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil 
Publicado em 21/08/2018 - 17:58
Rio de Janeiro
Enterro do soldado do Exército João Viktor da Silva, morto em confronto com traficantes no Complexo da Penha, no cemitério de Engenheiro Pedreira, em Japeri.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Os dois militares mortos ontem (20), durante operações das Forças Armadas nos complexos do Alemão e da Penha, foram sepultados hoje (21) no Cemitério do Mucajá, em Japeri, Baixada Fluminense, cidade onde ambos moravam.

O cabo Fabiano Oliveira dos Santos, da 2ª Brigada de Infantaria, morto no Alemão, foi sepultado por volta das 14h. O soldado João Viktor da Silva, do 25ª Batalhão de Infantaria Paraquedista, atingido na Penha, foi sepultado pouco antes das 17h.

Mortos em combate, ambos receberam honras militares, salva de tiros, marcha fúnebre tocada pela banda militar e toque de corneta. A Marinha enviou um grupo de Fuzileiros Navais em homenagem aos militares, mortos por traficantes durante uma operação conjunta.

Essas foram as primeiras mortes de militares registradas desde que começou a intervenção federal na segurança do Rio, há seis meses.

O militar de maior patente a representar as Forças Armadas no enterro foi o general de brigada Antonio Manoel de Barros, comandante do Comando Conjunto e da 1ª Divisão de Exército. Ele lamentou a perda dos dois militares, mas disse que as Forças Armadas não recuarão da missão de combate à criminalidade.

"Nós estamos aqui sofrendo com a família. Na vida militar, o soldado é como um filho. Quero ressaltar que este momento, apesar da dor, vai nos fortalecer ainda mais no cumprimento da nossa missão constitucional, de proteger o cidadão contra aqueles que querem se portar à revelia da lei. Esta é a nossa missão. Temos este dever. Estaremos firmes no nosso cumprimento", disse o general Barros, após o sepultamento.