Bancada do Rio faz emenda coletiva de R$ 55 milhões ao Museu Nacional

Recurso deve ser incluído no Orçamento da União do próximo ano

Publicado em 30/10/2018 - 23:09 Por Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Deputados da bancada do Rio de Janeiro concordaram na noite desta terça-feira (30) em indicar uma emenda coletiva destinando R$ 55 milhões para a recuperação do Museu Nacional, que foi destruído após incêndio em setembro deste ano e teve grande parte do acervo perdido. Para que sejam repassados à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que administra a instituição, os recursos ainda precisam ser aprovados na Comissão Mista de Orçamento e no plenário do Congresso Nacional.

O  reitor da UFRJ, Roberto Leher durante audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, para debater os problemas enfrentados pelo Museu Nacional, destruído por um incêndio em setembro deste ano.
O reitor da UFRJ, Roberto Leher, durante audiência pública na Câmara que discutiu recursos para recuperação do Museu Nacional - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Caso seja confirmada pelos parlamentares, a quantia constará na Lei Orçamentária da União de 2019 como emenda impositiva, isto é, o governo federal é obrigado a aplicar na área destinada pelo Legislativo. Segundo os deputados, a bancada carioca poderá destinar até R$ 170 milhões dessa maneira. O pedido feito pelo diretor do Museu, Alexander Kellner, durante reunião nesta manhã na Comissão de Educação da Câmara foi de R$ 56 milhões, para a Fase 1 da reconstrução do prédio.

“Estamos muito felizes. Confirmou-se a sensibilidade da bancada do Rio de Janeiro com o Museu Nacional. Essa emenda vai nos ajudar muito em diversos pontos. Há uma luz de esperança. É um dinheiro robusto, para que a gente possa iniciar a reconstrução do palácio, que é demandado pela sociedade. Amanhã estou indo para a China e vou poder encher o peito para dizer que estamos com a emenda parlamentar. O que precisamos garantir agora é que o recurso seja confirmado”, disse Kellner à Agência Brasil.

Kellner contou ter apresentado um pré-projeto à bancada contendo detalhamento da obras. Mais cedo, o diretor participou de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, onde fez uma exposição dos problemas enfrentados e as dificuldades orçamentárias do museu. Segundo ele, nesta quarta-feira (30) o trabalho de corpo a corpo com os parlamentares continua em busca de emendas individuais para possibilitar a reestruturação do laboratório e retomada das pesquisas e aulas pelo órgão.

Com a promessa da destinação da verba, a expectativa é de que as fachadas e coberturas do prédio histórico sejam reconstruídas entre o ano que vem e 2021. Essa é primeira fase do projeto de recuperação do palácio-sede das exposições, onde eram exibidas peças arqueológicas como o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo já encontrado no continente americano. Outras etapas, como a recuperação das salas internas e a implantação de novas exposições, ainda não foram orçadas.

Edição: Davi Oliveira

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