Bancada do Rio faz emenda coletiva de R$ 55 milhões ao Museu Nacional
Deputados da bancada do Rio de Janeiro concordaram na noite desta terça-feira (30) em indicar uma emenda coletiva destinando R$ 55 milhões para a recuperação do Museu Nacional, que foi destruído após incêndio em setembro deste ano e teve grande parte do acervo perdido. Para que sejam repassados à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que administra a instituição, os recursos ainda precisam ser aprovados na Comissão Mista de Orçamento e no plenário do Congresso Nacional.
Caso seja confirmada pelos parlamentares, a quantia constará na Lei Orçamentária da União de 2019 como emenda impositiva, isto é, o governo federal é obrigado a aplicar na área destinada pelo Legislativo. Segundo os deputados, a bancada carioca poderá destinar até R$ 170 milhões dessa maneira. O pedido feito pelo diretor do Museu, Alexander Kellner, durante reunião nesta manhã na Comissão de Educação da Câmara foi de R$ 56 milhões, para a Fase 1 da reconstrução do prédio.
“Estamos muito felizes. Confirmou-se a sensibilidade da bancada do Rio de Janeiro com o Museu Nacional. Essa emenda vai nos ajudar muito em diversos pontos. Há uma luz de esperança. É um dinheiro robusto, para que a gente possa iniciar a reconstrução do palácio, que é demandado pela sociedade. Amanhã estou indo para a China e vou poder encher o peito para dizer que estamos com a emenda parlamentar. O que precisamos garantir agora é que o recurso seja confirmado”, disse Kellner à Agência Brasil.
Kellner contou ter apresentado um pré-projeto à bancada contendo detalhamento da obras. Mais cedo, o diretor participou de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, onde fez uma exposição dos problemas enfrentados e as dificuldades orçamentárias do museu. Segundo ele, nesta quarta-feira (30) o trabalho de corpo a corpo com os parlamentares continua em busca de emendas individuais para possibilitar a reestruturação do laboratório e retomada das pesquisas e aulas pelo órgão.
Com a promessa da destinação da verba, a expectativa é de que as fachadas e coberturas do prédio histórico sejam reconstruídas entre o ano que vem e 2021. Essa é primeira fase do projeto de recuperação do palácio-sede das exposições, onde eram exibidas peças arqueológicas como o crânio de Luzia, o fóssil mais antigo já encontrado no continente americano. Outras etapas, como a recuperação das salas internas e a implantação de novas exposições, ainda não foram orçadas.