logo Agência Brasil
Geral

Polícia ouve presidente da Associação de Moradores da Muzema

Líder diz que sente pela tragédia e que ajudará no que for possível
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/04/2019 - 19:28
 - Atualizado em 16/04/2019 - 21:14
Rio de Janeiro
O presidente da associação de moradores da Muzema, Marcelo Diniz Anastácio da Silva, presta depoimento na  Delegacia Policial, na Barra da Tijuca, sobre o desabamento de dois prédios na comunidade.
© Fernando Frazão/Agência Brasil
O presidente da associação de moradores da Muzema, Marcelo Diniz Anastácio da Silva, presta depoimento na  Delegacia Policial, na Barra da Tijuca, sobre o desabamento de dois prédios na comunidade.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente da Associação de Moradores da Muzema, Marcelo Diniz, depôs nesta terça-feira (16) na 16ª Delegacia de Polícia (16ª DP).

Diniz, que chegou à DP por volta do meio-dia, acompanhado por duas advogadas, foi ouvido pela delegada titular, Adriana Belém, e deixou o local pouco antes das 18h.

Na saída, após quase seis horas de depoimento, ele deu apenas uma declaração aos jornalistas e não respondeu a qualquer outra pergunta. "Já dei todos os esclarecimentos possíveis às autoridades e estou disposto a ajudar no que for possível. Estou muito sentido com tudo", disse Diniz, antes de entrar no carro de suas advogadas.

A delegada Adriana Belém quer saber, entre outras coisas, qual o papel que as associações de moradores têm na comercialização de imóveis irregulares na Muzema e em outras áreas controladas pela milícia que atua na região.

Até esta tarde, foram retirados dos escombros dos dois edifícios que desabaram sexta-feira (12) os corpos de 16 pessoas. Ainda estão desaparecidos oito moradores.

Milícia

Os trabalhos policiais foram divididos entre a 16ª DP, encarregada de assumir o inquérito sobre os desabamentos, e a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), responsável pelo aprofundamento da investigação sobre a milícia que domina a região e promove a construção ilegal de prédios, muitos deles erguidos em áreas públicas, de proteção ambiental.

A polícia tem encontrado dificuldades em ouvir moradores da Muzema, que têm medo de sofrer represálias por parte dos milicianos. A delegada Adriana Belém já convocou algumas testemunhas, que têm evitado comparecer à delegacia.

Texto ampliado às 21h14