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Presidente do INSS pede demissão; secretário de Previdência assume

Saída ocorre em meio a busca de solução para filas da autarquia
Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/01/2020 - 19:19
Brasília
Brasília - Procurador-geral Federal Renato Rodrigues Vieira em assinatura de acordo da Procuradoria-Geral da Fazenda com o Incra para execução fiscal de propriedades para reforma agrária (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília - Procurador-geral Federal Renato Rodrigues Vieira em assinatura de acordo da Procuradoria-Geral da Fazenda com o Incra para execução fiscal de propriedades para reforma agrária (Valter Campanato/Agência Brasil)
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O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Renato Rodrigues Vieira, pediu demissão, informou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, em entrevista coletiva..Vileira será substituído pelo secretário de Previdência, Leonardo Rolim.

Segundo Marinho, a saída se deu a pedido de Vieira. O futuro do comando do INSS vinha sendo avaliado entre Vieira e a cúpula da secretaria. “A gente vinha amadurecendo isso com o Renato Vieira, e ele consolidou a disposição de sair do INSS a pedido. Foi amadurecido ao longo dos 15 dias”, disse Marinho.

Na entrevista, Marinho negou que a decisão tenha partido do governo. “O ano passado foi de muitas entregas; este ano será desafiador. Renato acha que deve se dedicar a novos projetos, e nós aceitamos. Amanhã [29] haverá consolidação do ato com indicação do substituto”, acrescentou o secretário.

A saída de Vieira ocorre em meio a buscas de solução para as filas do INSS. Mais de 1,3 milhão de pedidos estão aguardando, há mais de 45 dias, pela análise da solicitação, prazo estabelecido pela legislação. O governo anunciou a contratação de militares da reserva e civis para uma força-tarefa.

Marinho disse que a opção pelo secretário de Previdência para substituir Vieira deveu-se ao conhecimento de Leonardo Rolim sobre o tema e os problemas da pasta, o que contribuirá para evitar dificuldades na transição e na busca de solução para as filas do INSS.

“Quem estamos trazendo tem capacidade operacional e conhecimento técnico, além de ter relação estreita com funcionários do INSS. Para nós, pode ser oportunidade de ganhar mais experiência sem perder todo o escopo do trabalho que foi construído”, ressaltou.

Rogério Marinho não adiantou, contudo, quem deverá assumir o lugar de Rolim. "O substituto teremos um pouco mais de cuidado para buscar o nome. Podemos aguardar mais tempo para achar quem irá assumir, para termos alguém que tenha familiaridade com o tema e não precise reiniciar o processo”, afirmou.