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Rio Grande do Sul e Ceará são alvo de operação da PF contra hackers

Grupo expôs dados pessoais de mais de 200 mil servidores
Karine Melo - Repórter Agência Brasil
Publicado em 26/06/2020 - 09:11
Brasília
Carro da PF durante operação no Rio de Janeiro
© Reuters/Sergio Moraes/Direitos Reservados

Com o objetivo de combater uma organização criminosa hacker, especializada na invasão de sistemas informatizados de órgãos públicos, para acesso indevido a dados privados de servidores e autoridades públicas, a Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (26) a Operação Capture The Flag. A ação nos estados do Rio Grande do Sul e Ceará conta com a participação de 20 policiais federais, que dão cumprimento a três mandados judiciais de busca e apreensão.

Segundo as investigações, integrantes do grupo investigado obtiveram e expuseram de forma ilícita dados pessoais de mais de 200 mil servidores e autoridades públicas, com o objetivo de intimidar e constranger tanto as instituições quanto as vítimas que tiveram seus dados e intimidade expostos.

A organização teria invadido sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de Vereadores de municípios dos estados do Rio de Janeiro, Paraná, de Goiás e do Rio Grande do Sul, de um governo estadual e diversos outros órgãos públicos. Somente no Rio Grande do Sul, foram mais de 90 instituições invadidas pelos hackers.

A PF afirma  ainda que há indícios da prática de outros crimes cibernéticos por parte da organização criminosa, como compras fraudulentas pela internet e fraudes bancárias.A investigação se concentra na apuração dos crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.

O nome da Operação – Capture The Flag – foi inspirado nas competições na área de pentest (testes de invasão) em que os participantes precisam encontrar vulnerabilidades em sistemas e redes de comunicação. As vulnerabilidades são as “bandeiras” que os participantes precisam capturar.