Operação investiga fraudes em merenda e videoaulas no Distrito Federal

Mandados de busca e apreensão estão em andamento também em SP e no PI

Publicado em 09/09/2020 - 12:05 Por Karine Melo - Repórter Agência Brasil - Brasília

Duas operações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), têm como alvo um suposto esquema criminoso para o favorecimento de empresas em contratos para merenda escolar e a produção de videoaulas, realizados pela Secretaria de Educação do DF.

Estão sendo cumpridos 26 mandados de busca e apreensão. As investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Polícia Civil apontam diversas práticas delituosas como um possível conluio de grandes empresários do ramo alimentício para fraudar licitações referentes à alimentação escolar. Também estão sob investigação o direcionamento do edital de licitação referente à denominada terceirização da merenda para empresas predeterminadas, irregularidades na contratação de produção de videoaulas e ainda a alteração de parâmetros nutricionais de proteína, sem nenhuma justificativa, beneficiando diretamente os fornecedores.

São Paulo e Piauí

Além de Brasília, os alvos são dos estados de São Paulo e Piauí. A investigação faz parte da Operação Self-Service, deflagrada hoje (9), e da Operação Fames, que já está na segunda fase. Ambas são coordenadas pela Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Cecor), em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e com a Controladoria-Geral da União (CGU). 

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em órgãos públicos, em residências de servidores e ex-servidores, além de empresas envolvidas nas licitações. 

Segundo a Polícia Civil do DF, o termo Fames é uma referência à deusa da fome, da mitologia romana, por causa das irregularidades nos contratos do ramo alimentício. Já o termo Self Service, que em tradução livre significa autosserviço, foi escolhido pelo fato de os suspeitos atenderem a interesses privados.

A Secretaria de Educação do DF ainda não se manifestou sobre o caso.

*Matéria alterada para incluir crédito na operação.

Edição: Fernando Fraga

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