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PF e CGU apuram fraude e desvio de dinheiro em Fortaleza

Prejuízos são estimados em mais de R$ 7 milhões
Karine Melo - Repórter Agência Brasil
Publicado em 03/11/2020 - 10:49
Brasília
São Paulo/SP- A Polícia Federal deflagrou hoje (29/10) as fases 11 e 12 da Operação Descarte, denominadas SILÍCIO e MACCHIATO, com o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão, nas cidades de São Paulo/SP, Santana de Parnaíba/SP, Vargem
© Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (3) a Operação Cartão Vermelho, para apurar crimes de corrupção, malversação e desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação, no Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, para o tratamento de pacientes com a  covid-19. 

Estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, em domicílios de investigados, na capital cearense, em São Paulo e Pelotas (RS). O trabalho conta com a participação de 120 policiais federais e 22 servidores da CGU.

Investigação

A PF apontou indícios de atuação criminosa de servidores públicos da Secretaria de Saúde de Fortaleza, gestores e integrantes da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do contrato de gestão, dirigentes de organização social paulista contratada para gestão do hospital de campanha e empresários. 

A investigação demonstrou indícios de fraude na escolha da empresa contratada em dispensa de licitação; compra de equipamentos de empresa de fachada; má gestão e fiscalização da aplicação dos recursos públicos no hospital de campanha e sobrepreço nos equipamentos adquiridos, comparando-se com outras aquisições nacionais sob mesmas condições no contexto de crise pandemia. 

A investigação policial aponta prejuízos aos cofres públicos superiores a R$ 7 milhões, tendo sido autorizado pela Justiça Federal o bloqueio desses valores em contas das pessoas jurídicas investigadas.