Ibama apura maus-tratos em centro de triagem de animais silvestres

Unidade de Seropédica é autorizada a contratar mais tratadores

Publicado em 25/02/2021 - 17:10 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Centro de Triagem de Animais Silvestres do Rio de Janeiro (Cetas), em Seropédica, na Baixada Fluminense, tem, desde terça-feira (2), 11 novos tratadores de animais. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ao qual pertence o Cetas, o contrato de alimentação e segurança dos animais que vivem no local “segue em pleno funcionamento”.

Em resposta à Agência Brasil, o Ibama informou que foram abertos cinco processos para apuração de responsabilidade em incidentes que foram alvo da denúncia de maus-tratos aos animais, incluindo alimentação irregular e falta de limpeza no local. Havia ainda a denúncia de ausência de tratadores, causada pelo fim de dois contratos consecutivos com empresas que prestavam o serviço.

Na terça-feira, integrantes da diretoria do Ibama e da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA) estiveram no local e decidiram adotar “imediatas medidas corretivas" para garantir que a situação não se repita. A visita resultou ainda na decisão de apurar as responsabilidades.

O Ibama acrescentou que, por causa da pandemia da covid-19, “os Cetas estão funcionando em plano de contingência, restritos ao recebimento de animais oriundos de resgates e/ou recolhimentos de caráter emergencial”.

A Polícia Federal (PF) abriu investigação para apurar o caso, que é considerado crime ambiental. Também na terça-feira, três trabalhadores do Cetas de Seropédica foram ouvidos pela PF, que, entretanto, não deu detalhes sobre os depoimentos, nem informou quem os prestou.

A denúncia indicava ainda que cerca de 600 animais morreram nos últimos meses por falta de cuidados, mas o Ibama não comentou essa questão.

São para levados para esses centros de triagem os animais silvestres que são vítimas de traficantes, que os comercializam ilegalmente. Todos chegam ao local precisando de recuperação.

Edição: Nádia Franco

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