Rompimento de adutora no Rio prejudica abastecimento de água 

Fornecimento foi reduzido em mais de 30 bairros de três municípios

Publicado em 28/11/2023 - 11:14 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O rompimento de uma adutora na Baixada Fluminense, na madrugada desta terça-feira (28), afetou o abastecimento de água de milhares de moradores da região metropolitana do Rio. Segundo a concessionária Águas do Rio, às 4h foi detectado o dano na tubulação que passa pelo bairro de Prados Verdes, em Nova Iguaçu. 

A Defesa Civil de Nova Iguaçu informou que pelo menos sete imóveis foram atingidos pela água que saiu da adutora, na área conhecida como km 32. Não há informações de feridos ou desabrigados. Agentes vão vistoriar os imóveis atingidos e verificar se houve danos estruturais. 

A Águas do Rio disse que está atuando no conserto da tubulação desde cedo e dando apoio aos moradores do local. Devido ao problema, foi necessário reduzir o abastecimento de água aos municípios de Nilópolis e São João de Meriti, na Baixada, além de cerca de 30 bairros da zona norte da capital fluminense. 

Os bairros da zona norte afetados são Guadalupe, Marechal Hermes, Honório Gurgel, Rocha Miranda, Colégio, Vicente de Carvalho, Irajá, Vila Kosmos, Complexo do Alemão, Engenho da Rainha, Engenho de Dentro, Manguinhos, Bonsucesso, Ramos, Del Castilho, Tomás Coelho, Cavalcante, Higienópolis, Jacarezinho, Jacaré, Ilha do Governador, Cidade Universitária, Barros Filho, Coelho Neto, Acari, Pavuna e Parque Columbia. 

O rompimento da adutora também afetou sete bairros da zona oeste da cidade do Rio que são abastecidos por outra concessionária, a Rio+Saneamento. Foi preciso reduzir o fornecimento de água nos bairros de Campo Grande, Bangu, Realengo, Jabour, Jardim Sulacap, Campos dos Afonsos e Senador Camará, atendidos pela empresa.

Defensoria

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou que já havia entrado, na semana passada, com uma ação civil pública contra a Águas do Rio e a estatal Cedae, em que pedia a adoção de medidas emergenciais para prevenir incidentes como o rompimento desta terça-feira.

Um dos pedidos é que a Águas do Rio seja obrigada a apresentar um plano com medidas emergenciais nas adutoras localizadas na região, sem a remoção das famílias que lá residem.

A Defensoria Pública também pede a condenação da Águas do Rio e da Cedae ao pagamento de R$ 5 milhões a título de danos morais coletivos a serem revertidos em desconto nas contas de consumo de água dos moradores do Km 32.

Diante da ocorrência desta terça, a Defensoria irá protocolar uma nova petição, reforçando o pedido feito na semana anterior.

Levantamento feito pela Defensoria, mostrou que já ocorreram pelo menos sete rompimentos de adutoras entre 2015 e maio deste ano na área do km 32, que prejudicaram mais de mil pessoas. Um dos rompimentos resultou na morte de uma criança de três anos.

*Matéria ampliada às 14h para inclusão de Ação Civil Pública da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

Edição: Graça Adjuto

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