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Justiça mantém prisão de suspeito envolvido em execução no aeroporto

Outros dois detidos no sábado tiveram as prisões relaxadas
Camila Boehm – repórter da Agência Brasília
Publicado em 08/12/2024 - 16:09
São Paulo

A Justiça paulista manteve, neste domingo (8), a prisão de um dos suspeitos de envolvimento na execução do delator Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro. Matheus Soares Brito foi preso na madrugada de sábado (7) e passou por audiência de custódia na manhã de hoje.

A ação de atiradores no aeroporto deixou duas pessoas mortas: Gritzbach e um motorista de aplicativo que estava trabalhando no local.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), não foi verificada nenhuma irregularidade no cumprimento do mandado de prisão que havia contra o rapaz em decorrência de "uma investigação criminal que corre sob segredo de Justiça".

Brito e mais dois rapazes foram presos na madrugada de sábado (7) pela polícia de São Paulo, segundo a SSP.

Allan Pereira Soares e Marcos Henrique Soares não tinham mandado de prisão expedido e foram presos em flagrante por praticarem crime relacionado ao porte de arma de fogo e não pelo crime ocorrido no aeroporto de Guarulhos. No entanto, em audiência de custódia, o TJSP considerou ilegais as prisões de ambos.

"A prisão em flagrante foi relaxada por ilegalidade, com pedido neste sentido da representante do Ministério Público", informou o tribunal.

Após as prisões, os três suspeitos foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, onde foram ouvidos. “Houve a apreensão de munições e aparelhos de celular, que serão periciados. As investigações seguem sob sigilo”, disse em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Assassinato no aeroporto

Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas, no último mês de outubro, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento, em que o delator denuncia policiais civis por extorsão. Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto.

Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso PCC.